Situação precária da RS 786, entre Cidreira e Tramandaí, persiste por verões

Situação precária da RS 786, entre Cidreira e Tramandaí, persiste por verões

Trecho da rodovia é o que apresenta os problemas mais graves

Gabriel Guedes

Cenário entre Oásis e Salinas é paradisíaco, mas contrasta com as crateras na pista da rodovia que liga Tramandaí a Cidreira

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O trecho da RS 786, que liga Cidreira a Tramandaí, está em situação crítica. Uma história que se repete por mais um verão. Desta vez, o pavimento, especialmente nos 8 quilômetros entre as praias de Oásis e Salinas, está muito prejudicado, apresentando vários buracos e também deformações. Reparos que foram feitos há algumas semanas também parecem não resistir ao volume de tráfego entre as duas cidades e já possuem evidentes sinais de desgaste. Para quem é veranista, o transtorno é temporário, mas quem depende da rodovia para trabalhar ou até mesmo para ir no banco em Tramandaí, por exemplo, enfrenta um calvário. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), órgão do governo do estado responsável pela manutenção da rodovia, promete avançar na manutenção para melhorar as condições de trafegabilidade na estrada.

O motorista Gilson Barbacovi, 40 anos, de Cidreira, é um destes usuários insatisfeitos com a RS 786. Ele critica como a rodovia está sendo cuidada. “Eles (Daer) vêm e fazem o recapeamento fino. Daí passa caminhão carregado de brita e areia, ônibus da São José e o asfalto não aguenta”, argumenta. Segundo Barbacovi, o fato de Cidreira depender de Tramandaí para algumas coisas, piora o drama. “Aqui não tem Caixa Econômica, nem Banco do Brasil. É tudo em Tramandaí. Aí temos que pegar esta estrada toda esburacada”, acrescenta. O técnico de fiação Tiago Melo de Andrades, 31, morador de Cidreira, costuma andar de moto pela rodovia. “É ruim. Mas até de carro é ruim. Um parente meu inclusive caiu há alguns dias lá. Se machucou e quebrou parte da moto”, relata.

O trecho da RS 786, entre a Avenida João de Magalhães e o trevo de acesso à praia Jardim do Éden, em Tramandaí, está em melhor condições, apesar de alguns pequenos buracos e deformidades. No trecho seguinte, desde as imediações do quilômetro 28, onde fica o Parque Eólico, até o quilômetro 34, pouco depois do acesso à Praia de Salinas, se concentram os problemas mais graves. Verdadeiras panelas se formaram na pista. Em outro ponto, até mesmo o asfalto foi removido e não foi recolocado. Onde o asfalto está bom, a sinalização horizontal apresenta boas condições, bem como as placas. Nos demais trechos da estrada, como de Imbé a Tramandaí, a rodovia está bem conservada. De Balneário Pinhal à Praia de Quintão, os defeitos na pista não são graves, mas é preciso ter atenção ao desnível do asfalto em relação ao acostamento.

Em resposta aos problemas apontados, o Daer informou que a equipe da 16ª. Superintendência Regional do órgão, em Osório, está atuando no quilômetro 32, em Cidreira. Ao longo desta semana, o trabalho deve avançar e abranger o trecho mais danificado. O Daer ainda destaca que já foram realizados serviços de recuperação dos pontos críticos em Tramandaí em dezembro e no início deste mês.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895