Torres tem praia cheia nesta quarta de sol forte

Torres tem praia cheia nesta quarta de sol forte

Muitos veranistas não respeitaram o distanciamento e uso de máscara à beira-mar

Chico Izidro

Tempo bom desta quarta atraiu diversos banhistas para a praia

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O sol estava forte, a água muito limpa, azul, convidativa e uma temperatura de 23ºC. Acabou sendo inevitável que a praia de Torres acabasse ficando cheia de veranistas nesta quarta-feira, quase véspera de Natal. Ao contrário de outros balneários do Litoral Norte gaúcho, onde as pessoas vinham mantendo um distanciamento social, pedido pelas autoridades por causa da pandemia do coronavírus, o mesmo não foi visto na praia mais ao norte do Rio Grande do Sul. 

Os guarda-sóis mantinham uma distância mínima entre uma e outra, e a grande maioria dos banhistas também decidiu abrir mão das máscaras – conforme orientação, o correto é usar o utensílio na faixa de areia e somente tirá-las ao entrar no mar. “É horrível usá-las aqui, elas atrapalham e estou tomando chimarrão. Além do que, a máscara vai marcar o rosto, por causa do sol”, criticou Lídia Ortiz, de Passo Fundo, e que chegou há dois dias para passar as festas de final de ano no balneário, ao lado da família. Ela ressaltou que deixar de usar a máscara nestas poucas horas na praia não significa um risco muito grande.

Foto: Guilherme Almeida

Por outro lado, a família de Caxias do Sul formada pelo filho André Boeira, o pai Arlindo e a mãe Valéria, decidiu manter uma grande distância dos demais banhistas, se posicionando num morro acima da faixa de areia, onde estavam mais duas famílias, todas com distância de cerca de cinco metros entre uma e outra. 

Os caxienses chegaram em Torres no domingo e ficam até o dia 1º de janeiro. “As pessoas estão extrapolando, não estão sendo responsáveis”, destacou André, de 42 anos. “O que é essa aglomeração lá embaixo?”, questionou, apontando as centenas de banhistas não respeitando as orientações. “Vimos a multidão, todo mundo perto um do outro, e decidimos ficar aqui. Não podemos arriscar, ainda mais que meus pais estão no grupo de risco, com idade avançada”, disse. 

Arlindo está com 72 anos e Valéria tem 64 anos. “Eu e a mãe tiramos agora a máscara, mas o pai quer ficar usando a dele. E pode ver, mesmo assim, estamos longe um do outro, mesmo a gente sendo familiar”, observou.  


Correio do Povo
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