Treinamentos em motos aquáticas mobilizam guarda-vidas em Torres

Treinamentos em motos aquáticas mobilizam guarda-vidas em Torres

Tempo estava bom e com temperatura agradável no Litoral Norte

Felipe Samuel

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Com tempo bom e temperatura agradável, alguns veranistas aproveitaram para curtir mais um dia de mar claro, em Torres, no Litoral Norte. O movimento moderado do público à beira-mar ontem contrastava com a presença de guarda-vidas e motos aquáticas na Praia Grande, entre as guaritas 2 e 3. No local, um grupo de 31 guarda-vidas realizava treinamento de salvamento.

A preparação da equipe visa atender o aumento da demanda por resgates durante o período de Carnaval, quando boa parte da população se desloca ao litoral gaúcho. O comandante do Pelotão de Guarda-Vidas de Torres, tenente André Soares Padilha, que coordena o curso, explica que são três dias de treinamentos. "É uma excelente ferramenta de salvamento por conta do tempo de resposta infinitamente maior que do ser humano", explica, acrescentando que o curso se encerra nesta quarta-feira.

Padilha afirma que o curso de operador de moto aquática é voltado para salvamento em mar. "Um dia de treinamento é em água doce e outros dois ocorrem no mar. São vários exercícios de salvamento e adaptação", ressalta, acrescentando que é a segunda edição do curso. Após a conclusão do treinamento, os guarda-vidas serão distribuídos para atuar nas praias do litoral Sul e Norte. "Vamos reforçar as guarnições nessa época de festas de Carnaval com esses operadores de motos aquáticas", ressalta.

Mesmo com uma importante aliada no salvamento de veranistas - a embarcação moto aquática -, Padilha afirma que as ações de prevenção e conscientização vêm dando resultado. Por conta das características da praia, os guarda-vidas sinalizaram locais de riscos, como rochedos e correntes de retorno. "Até agora foram 1.912 atividades preventivas, ou seja, de orientação aos banhistas quanto aos locais de risco", observa. Desde o início da Operação Verão, em 18 de dezembro, foram registradas 51 ocorrências. "Comparado com temporadas anteriores, está dentro média", explica.

Se durante a semana o movimento de veranistas é menor do que no fim de semana, a expectativa para o Carnaval é de aumento da população no litoral. "Tem algumas datas que sempre requerem mais atenção, e a gente acaba fazendo escalas extras, como Réveillon, Iemanjá e Carnaval, quando as atividades nas guaritas começam mais cedo", destaca. Com demanda maior, muita gente fica de sobreaviso. "Tentamos alocar todos os recursos possíveis", garante.


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