Vila do Mel: apicultura, história e cinema em Pinhal

Vila do Mel: apicultura, história e cinema em Pinhal

Município se tornou um ponto de encontro de apicultores, meliponicultores, estudiosos e fabricantes

Christian Bueller

No local, encontra-se o quiosque e a cabana que incentivo o consumo do mel

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Quem trafega pelo balneário Pinhal, consegue visualizar facilmente bonecos que simulam grande abelhas em canteiros centrais e adornando postes. Instituída a Capital Estadual do Mel, por ser uma referência na apicultura do RS, o município se tornou um ponto de encontro de apicultores, meliponicultores, estudiosos, fabricantes e de turistas e consumidores. Um deles, se localiza próximo ao Túnel Verde, às margens da RS-040: a Vila do Mel.

No local, encontra-se o quiosque e a cabana que incentivo o consumo do mel. Com prévio agendamento, é possível a visitação da casa. Além de um ponto para aquisição de produtos apícolas, ali os produtores extraem o mel do favo e procedem no evazamento. “O sabor e a consistência são diferentes de outros lugares. Isso eu te garanto”, desafia a moradora Lizete Cordeiro, esposa de apicultor. A Vila do Mel ganhou recentemente uma praça por conta de um projeto financiado pelo Ministério da Cultura.

Um conjunto de prédios que datam de 1945 rodeiam casa e mantém o aspecto que conferem um caráter histórico. No primeiro Salão de Bailes, aconteciam festas comemorativas e religiosas. Já na primeira escola Pinhal, estudavam filhos dos empregados e moradores da redondeza. Junto a eles, a primeira igreja, onde missas eram celebradas por um padre que chegava a cavalo. Com ou sem visitação, a área costuma receber caminhoneiros, que utilizam o ponto como morada durante as viagens. “Aqui é muito tranquilo e bonito. Dá gosto de repousar aqui antes de tomar meu rumo pela estrada”, diz Alberto Ferreira, que lavava o rosto após uma soneca rápida.

A mais nova integrante da Vila é a estátua da Abelha Girl, personagem de super-herói que virou quadrinhos e uma série de televisão. Ela embeleza o local, como um chamariz para a vila. Ela integra um projeto do cineasta e quadrinista Luciano Moncks. “Estamos num momento de valorização do protagonismo feminino, isso vem chamando a atenção”, revela .

Com 26 minutos em cada episódio, o programa foi selecionado entre entre mais de 800 roteiros inscritos no programa "Brasil de Todas as Telas", da Agência Nacional de Cinema (Ancine) para exibição em mais de 200 canais públicos. A série foi rodada com 80% de atores locais. Cerca de 30 crianças de Pinhal participaram.


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