Volta do movimento anima comerciantes do Litoral Norte

Volta do movimento anima comerciantes do Litoral Norte

Após incertezas da pandemia, o movimento tem sido intenso, um entra e sai nas lojas e restaurantes recebendo muitos clientes

Chico Izidro

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Há um ano passear no centro de Tramandaí era quase desolador, com as ruas vazias e muitos estabelecimentos vazios ou fechados. Agora, final de dezembro de 2021 o quadro é o oposto. O movimento tem sido intenso, um entra e sai nas lojas e restaurantes recebendo muitos clientes. O sorriso voltou ao rosto dos comerciantes – aqueles que se arriscam a tirar a máscara protetora, pois a pandemia ainda não acabou. Porém, o otimismo é a palavra do dia. 

Gabriel Ramos Dick, gerente de um tradicional restaurante funcionando há 38 anos na Avenida Emancipação, disse que "2021 foi um ano difícil, mas o negócio se manteve, graças à clientela fiel", recordou.  Pelos seus cálculos, o restaurante serve mais de 500 refeições diárias, dos mais variados pratos. “Houve uma baixa neste período de pandemia, mas já estamos voltando ao normal", constatou. "E nestes primeiros dias, já deu para notar que será um verão muito bom, depois de tanta coisa ruim". O local abre as suas portas 364 dias do ano, e assim foi durante esta temporada passada. “Só em um dia do ano a gente não trabalha, que é no Dia das Mães. Neste dia a gente fecha as portas, afinal nossas cozinheiras são mães e é uma forma de uma homenagem", conta Gabriel. 

A dona de uma loja de confecções nacionais, Ilda Stormiolo, testemunhou que os clientes têm reaparecido aos poucos, mas as vendas ainda estão fracas. "Está um pouco parado, mas a tendência é de crescimento quando o grosso dos turistas chegar daqui a alguns dias", acredita. Ilda possui a sua loja há dois anos, e apesar da pandemia, conseguiu sobreviver, graças aos produtos nacionais, que encontram uma boa saída. 

Mas e se comida e roupa são produtos de primeira necessidade, o que se dizer dos livros? Brian Santos é sócio em uma pequena livraria no centro de Tramandaí, que ele chama de Feira do Livro. "A gente trabalha com livros clássicos, a chamada literatura antiga. E por incrível que pareça, temos público para consumir nosso produto", alegra-se. Brian conta que havendo movimento, sempre alguém é atraído pelos livros na vitrine da loja, e acaba entrando. "E temos ainda aqueles clientes que fazem encomendas de alguma obra específica. A nossa expectativa para a temporada é ótima, tanto que este é o nosso segundo ponto, surgido há apenas 30 dias, e já visualizamos outros pontos de venda", encerrou. 


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