Come pouco e engorda? Pode ser culpa do metabolismo lento

Come pouco e engorda? Pode ser culpa do metabolismo lento

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A endocrinologista Rosália Padovani, da Santa Casa de São Paulo, explica como acelerar o metabolismo e diminuir o ganho de peso

Metabolismo é um conjunto de reações químicas e hormonais que acontecem para que o corpo tenha energia suficiente para se manter, para manter as funções fisiológicas em níveis normais, mesmo estando em repouso . A forma como este processo acontece pode variar dependendo do gênero, idade e do nível de atividade de cada indivíduo. Por exemplo, pessoas sedentárias apresentam um metabolismo mais lento que pessoas extremamente ativas.

Além disso, homens queimam mais calorias do que mulheres. Jovens têm metabolismo mais acelerado, mas após os 30 anos ele vai se tornando mais lento, principalmente nas mulheres porque elas têm mais tecido gorduroso. O metabolismo é responsável por cerca de 60 a 70% do gasto calórico diário de uma pessoa. As outras duas formas de se gastar calorias é sob o efeito térmico da alimentação, que corresponde a cerca de 10% e através da atividade física, que corresponde de 15 a 20% do gasto total. Indivíduos quem tem o metabolismo lento demoram mais tempo para transformar as calorias em energia e, por conta disso, ganham peso mais facilmente. Algumas causas de metabolismo lento são o hipotireoidismo, genética, diabetes, alimentação, estresse e desequilíbrio hormonal.

O metabolismo acelerado, por sua vez, faz com que a pessoa queime as calorias mais rapidamente, concentrando menos gorduras, de forma que fica mais difícil ganhar peso. Veja a seguir algumas dicas da endocrinologista Rosália Padovani para acelerar o metabolismo. Não fique muito tempo sem se alimentar, porém, não é necessário, por exemplo, comer obrigatoriamente de 3 em 3 horas. Dependendo da pessoa, fazer as refeições principais pode ser o suficiente para que ela se sinta bem e de forma alguma, isto irá atrapalhar seu metabolismo.

Entretanto, quando falamos de períodos muito longos sem se alimentar, a situação é diferente. Após longos períodos de jejum existe uma queda dos níveis de glicogênio estocado pelo fígado e pelo músculo e nosso organismo entra em um estado de estresse. Neste momento o metabolismo tende a ficar mais lento e mudanças hormonais começam a acontecer. Em alguns casos, se o jejum for muito prolongado, episódios de hipoglicemia podem ocorrer além do aparecimento de sintomas como dores de cabeça e náuseas, alteração de memoria e concentração, cansaço excessivo e alteração de humor.

Quando comemos algum alimento, nosso organismo gasta energia para conseguir digeri-lo e absorvê-lo. Este gasto energético gerado pelos processos de digestão e absorção dos alimentos é chamado de termogênese. Assim, alguns alimentos por fazerem, durante a sua digestão, o metabolismo trabalhar mais, elevam a temperatura corporal e, portanto são considerados mais termogênicos. Como fazem o metabolismo trabalhar mais, deixam ele mais rápido e colaboram para a perda de peso. São exemplos de alimentos termogênicos: cafeína, canela, chá verde, pimenta, gengibre, guaraná. Alguns alimentos termogênicos como o café, por exemplo, aumentam a frequência cardíaca e seu consumo em excesso pode ser maléfico devendo ser, portanto, consumido com moderação.

Cerca de 70 % do nosso corpo é constituído por água de maneira que esta substância é essencial para que nosso organismo esteja em perfeito equilíbrio e mantenha um funcionamento adequado. Ingerir bastante líquido é a melhor forma de manter os rins protegidos, pois muitos dos problemas renais ocorrem por conta da desidratação. Assim sendo, é importante manter uma ingesta hídrica diária adequada para que todas as necessidades do organismo sejam atendidas. A quantidade ideal de água a ser ingerida irá depender de vários fatores como clima, idade, gravidez, amamentação, porém, estima-se que seja em torno de 2 litros por dia. A água além de estimular o funcionamento renal, também proporciona uma sensação de saciedade que pode ajudar na perda de peso.

Com orientação, a pessoa pode treinar de quatro a sete vezes por semana, sempre tomando cuidado com os intervalos de descanso. O ideal é combinar exercícios aeróbicos, que gastam mais calorias, com exercícios que aumentam a massa magra, como a ginástica localizada ou a musculação. Lembre-se que pessoas com elevados níveis de massa muscular, tem um metabolismo mais acelerado. O exercício físico além de melhorar o funcionamento do organismo como um todo, melhora a função cardiovascular, a circulação e acelera o metabolismo reduzindo o ganho de peso.

A atividade física promove um aumento do gasto energético, pois estimula a termogênese. Durante o exercício é secretado o famoso hormônio do crescimento (GH), substância anabólica a que aumenta a lipólise (queima da gordura) e, além disso, durante a atividade física, ocorre aumento da liberação de catecolaminas que são capazes de acelerar nosso metabolismo e aumentar a queima de gordura. Estas substâncias aceleram os batimentos cardíacos e a frequência respiratória oque leva a um aumento das trocas gasosas e melhora da oxigenação do cérebro e dos músculos. O exercício também melhora a resistência à insulina, melhorando a utilização de glicose pelos músculos.

 

* Fonte: R7

 


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