Hospital Moinhos de Vento passa a realizar transplantes de fígado e de rim

Hospital Moinhos de Vento passa a realizar transplantes de fígado e de rim

Hospital Moinhos de Vento passará a realizar transplantes de fígado e de rim.

Correio do Povo

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Reconhecido pela atuação na medicina de alta complexidade, o Hospital Moinhos de Vento (HMV) passará a
realizar transplantes de fígado e de rim. O credenciamento, concedido pela Secretaria de Atenção
à Saúde do Ministério da Saúde, foi publicado no Diário Oficial da União no fim de novembro.

– Isso complementa a nossa gama de atividades e ainda proporciona a ampliação da pesquisa e
inovação nessas áreas – afirma Luiz Antonio Nasi, superintendente Médico do Hospital Moinhos de
Vento.

O Grupo de Transplante Renal, formado pelas equipes de nefrologia, cirurgia geral, urologia e
equipe multidisciplinar, já está capacitado para realizar transplantes tanto com doador vivo
como com doador falecido.

– O grupo reúne profissionais com mais de 20 anos de experiência nessa área – afirma o
nefrologista David Saitovitch, responsável técnico pelo transplante renal no Moinhos de Vento.

A instituição retoma um procedimento no qual foi pioneira. Em 1970, o primeiro transplante renal
do Rio Grande do Sul – e o segundo do país – foi realizado no Moinhos de Vento pela equipe do
médico Loreno Brentano. E há quatro anos houve uma sequência de cinco transplantes para a
avaliação de todo o processo.

– O Hospital está totalmente capacitado – acrescenta Saitovitch.

Da mesma forma para o transplante hepático. O gastroenterologista Fernando Herz Wolff,
coordenador clínico do Centro de Doenças do Fígado, explica que a atividade pode ser nova na
instituição, mas os profissionais envolvidos reúnem vasta experiência e qualificação.

– O Hospital passa a atender todo o espectro de doenças hepáticas – destaca Wolff.

A necessidade de transplante é para pessoas com doenças hepáticas, como alguns tipos de câncer
(hepatocarcinoma) e cirrose – dano irreversível que deteriora a função do órgão – provocada por
hepatites, álcool entre outras causas.

Para auxiliar no processo do transplante, está sendo montada a UTI do Fígado. A finalidade é
receber pacientes de pré e pós-operatório. Ficará próxima do bloco cirúrgico, para facilitar o
deslocamento, já que pode haver gravidade em algumas situações.

– A UTI também será voltada para paciente com insuficiência hepática aguda, por drogas ou
hepatites. No local, vai receber tratamento especializado para reverter a insuficiência. Se
necessário, será realizado o transplante – afirma o médico José Fernando Pires, intensivista de
pré e pós-operatório.

O transplante hepático não consta do Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), o que garantiria a cobertura por planos de saúde. O órgão regulador informa
que, a cada dois anos, a lista é atualizada pelo Comitê Permanente de Regulação da Atenção à
Saúde. Conforme a ANS, procedimentos ainda não incluídos no Rol poderão ser avaliados a partir
de estudos clínicos e comprovação de capacidade da rede assistencial.

TMO e doações

Sempre buscando ampliar a sua atuação, desde julho de 2015 o Hospital Moinhos de Vento realiza
transplante de medula óssea (TMO). Nesse período, já foram 91 procedimentos de pacientes de
convênios e por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de
Saúde (Proadi-SUS).

No Brasil, a fila de espera por um órgão doado permanece elevada, somando cerca de 30 mil
pessoas. Para aumentar a doação no país, o Moinhos de Vento desenvolve o Donors (do inglês,
doadores), projeto coordenado pelo Escritório de Projetos Proadi-SUS do hospital em parceira com
o Ministério da Saúde. A finalidade é capacitar profissionais de saúde para esclarecer
familiares sobre a morte encefálica e mostrar a importância da doação de órgãos.


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