Tecnologia inédita no RS, Robô Laura começa a salvar vidas na Santa Casa

Tecnologia inédita no RS, Robô Laura começa a salvar vidas na Santa Casa

A operação de um novo sistema de detecção de Sepses, entre outras deteriorações clínicas, com uma plataforma de inteligência artificial chamada “Robô Laura" começa amanhã

Correio do Povo

A Santa Casa será o primeiro hospital do Rio Grande do Sul a contar com a Laura

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A Santa Casa inicia oficialmente, amanhã, dia 27 de junho, a operação de um novo sistema de detecção de Sepses, entre outras deteriorações clínicas, com uma plataforma de inteligência artificial chamada “Robô Laura”.  Depois de um período de testes e ajustes de processos internos, o Robô Laura começa a ser utilizado regularmente no Hospital da Criança Santo Antônio e no Hospital Santa Rita.  

Segundo Antonio Kalil, Diretor Médico da Santa Casa, “o Laura, além de sua primordial função de auxiliar a salvar vidas no ambiente hospitalar, é um marco para a Santa Casa, na medida em que coloca um processo genuinamente inovador, que se vale de inteligência artificial em sua essência,  no dia a dia de uma instituição bicentenária. É um olhar de futuro, que traz de forma pioneira, para a assistência aos pacientes SUS, aquilo que há de mais moderno, de ponta, em tecnologias hospitalares. “

A Santa Casa será o primeiro hospital do Rio Grande do Sul a contar com a Laura, que já funciona há dois anos e meio e hoje está conectada a seis hospitais do Brasil. Primeiro robô cognitivo que faz gerenciamento de riscos no mundo, a Laura salva em média 10 vidas por dia, de acordo com o seu criador, Jacson Fressatto.  “O balanço é extremamente positivo e feliz, mas não estamos satisfeitos. Queremos milhares de vida por dia, não dezenas. É que podemos fazer muito mais. A meta é que Laura esteja em 100 hospitais até o final de 2019”, projeta.

Para Fressatto, o início da operação do Robô Laura na Santa Casa é um marco, pois representa, a curto prazo, quando a tecnologia estiver ativa em todos os hospitais da Santa Casa, a duplicação do número de instituições médicas hoje atendidas.  “Estamos mostrando que temos a capacidade produtiva de ir para mais hospitais, sejam privados, filantrópicos ou públicos. A tecnologia permite isso, ela pode ser muito mais expansiva”, completou.

Parceria estratégica
A exemplo do Robô Laura, a Santa Casa projeta uma agenda permanente de inovações em saúde num futuro próximo. Para tanto, uma série de outros projetos estão em desenvolvimento a partir de uma parceria com a techtools ventures, empresa responsável pela gestão do Programa de Aceleração de Ida a Mercado na Área de Saúde do Centro de Inovação da Santa Casa. Segundo o presidente da techtools ventures, Jeff Plentz, “esta é a oportunidade para que a Laura, uma empresa genuinamente brasileira, possa ganhar escala e oferecer sua solução em prol dos brasileiros que dependem exclusivamente do SUS. Como a rede de inovação da techtools ventures endereça soluções sistêmicas para reverter a curva de despesas no SUS, que é crescente, contamos com o que existe de mais moderno em inteligência artificial para combater a sepse. Com isso, os médicos e profissionais de saúde ganham mais segurança e inteligência no monitoramento de cada caso.”

SEPSE
Em linhas gerais, Robô Laura é uma plataforma que conta com 263 motores trabalhando em tempo real, no intervalo de 3,8 segundos, para identificar quais pacientes estão em risco ou nas circunstâncias de sepse.
Para se ter noção do problema, 56% das mortes que ocorrem dentro dos hospitais brasileiros são por sepse. No mundo, uma pessoa morre a cada dois minutos por essa infecção generalizada, sendo que o não-tratamento dos indicadores de deterioração clínica aumentam em 7%, a cada hora, o risco de sepse*. (Os dados são de 2015, por parte do Instituto Latino Americano de Combate à Sepse – ILAS).


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