Expectativa, empatia e acolhimento

Expectativa, empatia e acolhimento

Agora, é legítima a expectativa de que a chuva cesse logo, apesar de previsões nada animadoras, e assim, se possa dar os encaminhamentos necessários no rumo da reconstrução de equipamentos, de casas, de estradas e das economias locais.

Correio do Povo

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Enquanto os números continuam a indicar mais danos em mais municípios, inclusive com rompimento de barragem, como se deu em Bento Gonçalves, a população atingida segue lutando bravamente contra as intempéries, com um montante que ainda está por ser resgatado e alojado, bem como um grande número de tarefas a serem cumpridas pelos agentes dos órgãos públicos e voluntários. Mesmo quem não está nas áreas inundadas está sofrendo os reflexos das cheias, uma vez, que, por exemplo, diversas estradas estão bloqueadas e mesmo as aulas foram suspensas no Estado, alterando o cotidiano de milhares de famílias.

Nesta quinta-feira, o presidente Lula esteve no Rio Grande do Sul e prometeu ajuda federal, o que, evidentemente, é imprescindível para amenizar o cenário de destruição. Realmente, esta é a hora de os governantes se unirem para colocar acima de tudo os interesses da coletividade, de uma coletividade que precisa de tudo, desde o básico, como água potável, até roupas e materiais de limpeza. E este é um caso em que o exemplo vem do meio da própria sociedade. Em diversos estados, brasileiras e brasileiras estão arrecadando itens de primeira necessidade para enviar aos gaúchos, numa demonstração gigantesca de solidariedade.

Agora, o momento é de expectativa para que a chuva cesse logo, apesar de previsões nada otimistas, e, assim, se possa dar os encaminhamentos necessários no rumo da reconstrução de equipamentos, de casas, de estradas, das economias locais. A dor e o luto de entes queridos que se foram, por certo, pelo caráter irreparável, para não serem em vão, merecem a atenção máxima das autoridades para encaminhar as medidas necessárias para fazer frente a essas ocorrências que agora se mostram frequentes e, se nada for feito, elas voltarão a fazer parte do nosso cotidiano, o que é inaceitável. A cada gaúcho está reservado o encargo de, em primeiro lugar, colocar-se em lugar seguro e, depois, ajudar como puder a amenizar as adversidades das vítimas de mais esta tragédia.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895