Medidas emergenciais serão tomadas pela Câmara de Porto Alegre após reunião de Melo com vereadores

Medidas emergenciais serão tomadas pela Câmara de Porto Alegre após reunião de Melo com vereadores

Entre as decisões, a antecipação de sobra do orçamento do Legislativo deverá gerar cerca de R$ 50 milhões aos cofres da prefeitura

Rafael Renkovski

Reunião entre vereadores e prefeitura ocorreu na manhã desta quarta-feira

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Em foto divulgada na manhã desta quarta-feira no perfil do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), no X, os sinais eram de união em reunião realizada com os vereadores da Capital. Ao lado de Melo e do vice-prefeito Ricardo Gomes, o líder da oposição ao governo na Casa, Roberto Robaina (PSol), o presidente Mauro Pinheiro (PP), e o líder da base, Idenir Cecchim (MDB), constituíam a mesa de frente para os outros parlamentares. Na reunião, foram tomadas medidas em conjunto entre o Executivo e o Legislativo para agilizar a reconstrução da cidade, que vive a maior tragédia climática de sua história.

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A pedido do prefeito, uma das medidas será orçamentária. É comum, ao final do ano legislativo, que a Câmara devolva parte de seu orçamento, economizado por diminuição de gastos administrativos e de bancadas e gabinetes de vereadores, à prefeitura. No caso deste ano, a devolução das economias será antecipada e deverá chegar em breve aos cofres do Executivo para ser destinada às necessidades da Capital. O valor deve ser em torno de R$ 50 milhões.

Além desta antecipação, as emendas parlamentares, instrumento que permite aos vereadores que destinem recursos para áreas específicas do orçamento do município, serão dedicadas ao manejo da crise causada pelas enchentes.

Por fim, o presidente da Casa pedirá ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Adolfo Brito (PP), que as sessões da Câmara da Capital sejam realizadas provisoriamente no espaço do Parlamento gaúcho. Localizado na avenida Loureiro da Silva, região central, o Palácio Aloísio Filho, sede do Legislativo municipal, está alagado.

Apesar de tensionamentos pontuais, o clima foi de união

Conforme com um vereador da base do governo Melo, “não houve ‘fiasqueira’ na reunião” com os parlamentares. O clima, segundo ele, era de superação de divergências políticas, “sem oposição e sem situação". Apenas um princípio de discussão mais acalorada teria acontecido entre a vereadora Comandante Nádia (PL) e Robaina. Nádia, inclusive, publicou em seu perfil no X que, “escutar a extrema esquerda com fórmulas mágicas, fazendo projetos inexequíveis e querendo fazer revolução socialista é dureza!”

Para um parlamentar de oposição, o sentimento era parecido. Apareceram “momentos de tensionamento” superados pela “unidade em apelo à cidade”. O vereador destacou, no entanto, que a oposição exigiu uma série de medidas ao prefeito e aguarda respostas. Entre os pedidos, estão o auxílio emergencial aos afetados pelas fortes chuvas, passe livre do transporte público, utilização dos recursos em caixa do Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae) e um plano para contratação emergencial para efetivos do Dmae e da Defesa Civil.


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