Enchentes, cheias e chuvas

Enchentes, cheias e chuvas

Leitores do Correio do Povo opinam sobre o conteúdo publicado pelo jornal na edição impressa e plataformas digitais

Renato Panatieri

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Enchentes

Muito pertinente o editorial (CP, 1/5) sobre as catástrofes climáticas que nos assolam. Só que entra ano, sai ano e nada de efetivo é realizado. Observando as imagens, nota-se que os diversos cursos d'água de nosso Estado não mais têm suas matas de galeria preservadas, pois nas cidades e nas áreas rurais tudo foi e continua a ser devastado em nome de um progresso para lá de questionável. Este é o legado que o homo sapiens está deixando para as gerações futuras. Nos mesmos pontos que o rio Taquari devastou as comunidades, um ano atrás, tudo se repete. Com a supressão das matas de galeria, os rios se transformam rapidamente em canais, com menor profundidade e maior velocidade, daí decorrendo os desastres. As encostas ao serem desmatadas também se tornam passíveis de escorregamentos, cada vez mais severos. No entanto, o homem não aprende mesmo a respeitar a natureza, pois, logo após os desastres, se volta contra ela com maior voracidade. O que na realidade ocorre são fenômenos geológicos naturais, sim, mas incrementados pela saga destruidora de nossa espécie, que às vezes parece não pertencer à natureza. Parece que o homem não é um ser desse planeta, pois, além de não entender suas leis naturais, é um eterno inconformado com elas, agredindo a Terra de todas as formas como resposta.
Paulo Neves, São Gabriel, via e-mail

Cheias e chuvas

Sou um Zé Ninguém perto dessas autoridades do Rio Grande do Sul, mas uma coisa que não está se fazendo é o desassoreamento dos rios do Estado, principalmente esses envolvidos com as chuvas fortes dos meses de setembro e outubro de 2023. Muito, mas muito material, foi arrastado aos rios e as autoridades não devem estar se dando conta disso. O assoreamento desses rios vem comprometendo a carga de água que eles recebem após uma sequência de dias de chuvas fortes, causando as cheias que estamos vendo. Vamos aguardar, agora, quais providências a tomar com mais essas chuvas de agora, nas quais várias pontes foram arrastadas, complicando ainda mais o leito desses rios.

Gilberto Busse Steffens, Porto Alegre, via e-mail


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