A hora do veneno no teatro de Porto Alegre

A hora do veneno no teatro de Porto Alegre

Após 10 anos de hiato nos palcos, o ator Osmar Prado encena “O Veneno do Teatro” no Theatro São Pedro, de hoje a domingo

Correio do Povo

Osmar Prado e Maurício Machado encenam "O Veneno do Teatro" de sexta a domingo, no Theatro São Pedro

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Depois de 10 anos afastado dos palcos, Osmar Prado está de volta em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. Em “O Veneno do Tetatro”, ele divide a cena com o ator Maurício Machado, sob a direção de Eduardo Figueiredo (diretor de inúmeros sucessos do teatro nacional). As sessões serão na sexta e sábado, às 20h, e no domingo, às 18h, no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº – Centro Histórico, Porto Alegre). A venda de ingressos é pelo teatrosaopedro.rs.gov.br.

Uma obra reconhecida e premiada em vários países, uma espécie de thriller, que trata de temas importantes e atuais. O texto propõe uma reflexão pertinente sobre a ética, estética, as máscaras das convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento tão latente em todos nós, dentro dos limites da realidade e da ficção. O texto de Sirera já foi traduzido para o inglês, francês, italiano, eslovaco, polonês, grego, português (de Portugal e do Brasil), croata, húngaro, búlgaro, japonês, entre outros. Foi encenado em mais de 62 países (Espanha, Inglaterra, França, Venezuela, Polônia, Grécia, Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos e Japão, etc), e coleciona prêmios mundo afora. O que traduz parte de seu sucesso é a vitalidade e também a contemporaneidade do texto.

Recentemente reestreou na Espanha e Argentina, depois de ter excursionado por alguns países, com grande êxito de público e crítica. Em cena dois atores premiados, em um vibrante duelo entre o renomado ator Osmar Prado e o experiente Maurício Machado. Na sinopse da trama, Um ator é convidado pelo excêntrico Marquês para interpretar uma peça teatral de sua autoria (inspirada na morte de Sócrates). Um encontro entre o Marquês (Osmar Prado), um nobre aristocrata egocêntrico que, de forma surpreendente, passa a controlar através de um jogo psicológico o outro personagem o ator, Gabriel de Beaumont (Maurício Machado). Depois de muitas surpresas no decorrer do espetáculo, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seu objetivo.

O espetáculo foi escrito na década de 1970 após a ditadura deFrancisco Franco no início do processo democrático na Espanha e a ação se passa na França em 1784, período anterior à Revolução Francesa, ressaltando o período neoclassicista. Na versão brasileira, o espetáculo assume uma postura atemporal, inspirado na década de 1920 em Paris. "É uma obra interessante, um jogo dialético sobre ser e representar. É uma fábula moral, um thriller sobre o que é a arte”, destaca o autor Rudolf Sirera. “Em um momento com tantas adversidades, onde o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Rodolf Sirera nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade do ser humano”, ressalta o diretor Eduardo Figueiredo. O espetáculo é todo pontuado com música ao vivo executado pelo violoncelista Matias Roque Fideles e tem direção musical de Guga Stroeter.


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