Estreia do documentário “À Borda da Vida” é cancelada em decorrência das enchentes

Estreia do documentário “À Borda da Vida” é cancelada em decorrência das enchentes

O curta-metragem, que seria lançado na sexta-feira, traz relação de Liane Venturella e sua mãe

Correio do Povo

Lia Regina Carvalho Venturella e sua filha Liane Venturella no curta-metragem À Borda da Vida

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Reconhecido como um dos mais premiados e inovadores grupos teatrais do Rio Grande do Sul, o Projeto Gompa completou 10 anos de atividades de 2023. O mais novo projeto da trupe, o documentário “À Borda da Vida”, com direção de Camila Bauer, teria sessão de estreia nesta sexta-feira, 10 de maio, às 19h, no Café Fon Fon, em Porto Alegre. Mas a projeção foi cancelada em função do estado de calamidade pública em que se encontra Porto Alegre e as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul.

O filme é curta-metragem sobre como cuidamos de quem nos cuidou. A obra audiovisual mostra a relação de Lia Regina Carvalho Venturella, uma mulher de 93 anos que precisa de cuidados 24 horas por dia, e de sua filha Liane Venturella, atriz que tenta conciliar a vida profissional com os cuidados de sua mãe. Dona Lia faleceu de causas naturais no último dia 4 de maio.

“O idoso em um país como Brasil é deixado à margem tanto pela sociedade, como pelas leis. Estar à borda é no duplo sentido, falamos do tempo cronológico e do distanciamento social e inclusivo. À Borda da Vida retrata uma realidade com privilégios de uma mãe que está sendo cuidada por uma filha”, explica Liane Venturella.

Como tentar resumir um relacionamento de amor, dependência e culpa? O filme apresenta, sem romantizar, uma relação de cuidado que é complexa e, ao mesmo tempo, repleta de afeto como resposta ao amor recebido. A direção é de Camila Bauer, que também assina o roteiro com Liane.

“Foi um processo muito espontâneo. Surgiu de nossa vontade de registrar esse momento da vida da Liane e da Lia, por ver o quão rápido tudo estava mudando para as duas. Uma situação que, a princípio, se estenderia apenas durante a pandemia, mas que acabou virando algo permanente. Então vinha a pergunta: como conciliar a vida pessoal e profissional, cuidando de alguém vinte e quatro horas por dia? É uma coisa que muitas famílias passam e que a gente não tem como não se identificar”, comenta Camila Bauer.

A produção tem trilha sonora original de Álvaro RosaCosta e Simone Rasslan. A montagem é de Mateus Ramos e Raoni Ceccim, que também realizou a finalização de imagens. Juan Quintáns é o responsável pelo desenho e mixagem de som. A produção executiva é de Fabiane Severo. O projeto conta com o financiamento do Pró-Cultura RS e Secretaria de Estado da Cultura, tendo sido contemplado pelo Edital SEDAC 01/2022 – FAC Filma RS.


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