O papo de Sigmund Freud é pop em Porto Alegre

O papo de Sigmund Freud é pop em Porto Alegre

Espetáculo “A Última Sessão de Freud”, com Odilon Wagner personificando o Pai da Psicanálise, retorna à capital gaúcha, de sexta a domingo, para cinco sessões

Correio do Povo

Odilon Wagner é Sigmund Freud no espetáculo "A Última Sessão de Freud" que volta a Porto Alegre para cinco sessões de sexta a domingo

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Com sessões lotadas em 2023, o espetáculo “A Última Sessão de Freud”, marcou retorno ao Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº) em 2024. De sexta a domingo, a peça está de volta com Odilon Wagner no papel de Sigmund Freud e Marcello Airoldi como C.S. Lewis. Serão cinco sessões, uma na sexta, 20h; duas no sábado, 17h e 20h; e duas no domingo, 18h e 20h30min. Na sessão de sexta, haverá debate entre o elenco e profissionais associadas a Sigmund Freud Associação Psicanalítica: Janete Dócolas, psicóloga e psicanalista; e Karin Wondracek, psicanalista, mestre e doutora em Teologia (EST), com pesquisa sobre a relação entre psicanálise, fenomenologia e religião. Os ingressos estão esgotando rapidamente e podem ser encontrados pelo theatrosaopedro.eleventickets.com.br.

Dirigido por Elias Andreato, a partir do texto de Mark St. Germain, e estrelado por Odilon Wagner (indicado a melhor ator nos prêmios Shell, APCA e Bibi Ferreira) e Marcello Airoldi, o espetáculo narra um encontro entre Freud e o escritor inglês C.S. Lewis. “O texto se passa no dia 3 de setembro de 1939, no dia em que começa a Segunda Guerra Mundial, em Londres, onde Freud foi morar após fugir do nazismo, no gabinete do psicanalista. Ele era ateu convicto, mas era um homem que pesquisava tudo profundamente. Ele estudava os livros sagrados e chegando a Londres ouviu falar de C.S. Lewis, escritor, professor de Oxford, autor de “Crônicas de Nárnia, que era ateu convicto e havia se convertido à fé cristã e havia criticado Freud. Então ele convida o inglês para uma conversa. Ele queria saber porque um homem inteligente abandonara a verdade por uma mentira insidiosa”, lembra Odilon. A partir daí, eles conversam sobre variados temas. “Eles começam a discutir temas sobre a existência de Deus, o sentido da vida, a natureza humana, o sexo e as relações humanas. Coincidemente, o autor escolheu este dia, 3 de setembro de 1939, que espelha um momento de guerra. Eles estão conversando e passam aviões no céu de Londres, tocam sirenes e isto causa uma dramaticidade interessante ao espetáculo”, observa Odilon.

CONEXÃO

O espetáculo se conecta com o espectador pelo humor e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. “Antes de encenar este espetáculo, eu não tinha noção do quanto Freud ainda era importante neste mundo contemporâneo. Eu descobri que Freud é pop. As pessoas me mostram Freud tatuado no braço, me dão bonecos de Freud. A nossa preocupação, minha e do diretor Elias Andreato, era construir um Freud humano, com um espetáculo realista, com cenário realista, reproduzindo o gabinete dele. Ele tinha um câncer de boca, estava com 83 anos, mas com vigor e também muita ternura. Era um humanista. As referências para esta construção passam por pessoas mais velhas com as quais eu convivi como meus avôs materno e paterno. Tive uma profunda conexão com o personagem, algo raro de acontecer”, finaliza Odilon.


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