O futuro energético e social do Rio Grande do Sul

O futuro energético e social do Rio Grande do Sul

Fernando Zancan

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A importância da energia abundante, barata e limpa transcende a esfera energética e adquire relevância nos debates sobre direitos civis e humanos. Grande parte dessa energia e dos minerais que consumimos provém de concessões públicas, cujos proprietários são os cidadãos brasileiros, detentores do direito moral e legal de usufruir desses recursos para o bem-estar coletivo. O suprimento seguro e acessível desses insumos impulsiona o crescimento e o desenvolvimento do país, gerando riqueza e garantindo direitos constitucionais, especialmente para os mais vulneráveis.

No Rio Grande do Sul, projetos minerários de grande porte, como os de tungstênio e fosfato, são fundamentais para o progresso nacional. A exploração sustentável desses recursos é crucial para assegurar benefícios à população, incluindo segurança energética e alimentar. Contudo, obstáculos burocráticos, legislativos e judiciais ameaçam esse acesso, aumentando os custos e prejudicando a sociedade, sobretudo os mais pobres e as minorias.

Diante disso, é essencial promover iniciativas que visem a transição para uma economia de baixo carbono, garantindo a preservação de empregos e o desenvolvimento da indústria local. Nesse sentido, o 1° Diálogo da Transição Energética Justa, que será realizado no dia 18 de abril no Instituto Cadeira, em Porto Alegre, surge como uma oportunidade para debater e construir um modelo econômico sustentável. O evento, promovido pela Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), governo estadual e Federação Gaúcha das Indústrias (Fiergs), tem como objetivo fomentar a discussão e ações que impulsionem a transição energética de forma justa e eficiente.

Os projetos gaúchos, com potencial de investimento de R$ 2,5 bilhões e capacidade para gerar empregos significativos, podem impulsionar comunidades carentes sem prejudicar o meio ambiente. Além disso, o Estado possui outros recursos minerais, como calcário, ouro e carvão mineral, este último podendo ser explorado de forma sustentável para produzir energia e fertilizantes, promovendo o desenvolvimento socioeconômico.

É essencial estabelecer parcerias colaborativas e acelerar os processos para desenvolvimento desses projetos de forma eficiente e dentro das melhores práticas. A articulação de políticas públicas, tanto existentes quanto novas, em ações concretas, é fundamental para maximizar o potencial dos recursos minerais gaúchos em conformidade com os direitos civis e sociais. Assim, a mineração pode ser vista como um bem público essencial para uma transição bem-sucedida para uma economia de baixo carbono, contribuindo para o crescimento sustentável do Rio Grande do Sul.


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