"O Exorcista: O Devoto" (The Exorcist: Believer)

"O Exorcista: O Devoto" (The Exorcist: Believer)

Depois de exatos 50 anos, diretor David Gordon Green decidiu revisitar o clássico de terror "O Exorcista", apresentando um filme ruim, que inicia nova trilogia

Chico Izidro

As amigas Angela e Katherine são possuídas por uma força maligna em filme que não assusta ninguém, mas provoca muito sono

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Eu sou a favor de que filmes clássicos não devem ser refeitos ou ganhar sequências. É um sinal para desastre total. Deixa quieto. Mas parece que a indústria cinematográfica não aprende. Então depois de  assumir a retomada da franquia "Halloween", criada por John Carpenter e Debra Hill em 1978, David Gordon Green decidiu revisitar o clássico de terror "O Exorcista", de 1973, dirigido por William Friedkin, do romance homônimo de William Peter Blatty. Ou seja, há exatos 50 anos. Assim, Green soltou "O Exorcista: O Devoto" "O Exorcista: O Devoto" (The Exorcist: Believer), uma espécie de reboot do longa lançado há exatos 50 anos. 
O filme conta a história de Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), que perdeu a esposa em um terremoto no Haiti e, por isso, teve que cuidar sozinho da filha Angela (Lidya Jewett). Passados 13 anos, Angela sente a falta da mãe, e ao lado da amiga Katherine (Olivia O'Neill) decide fazer uma experiência na floresta para tentar conversar com  espíritos. As duas acabam desaparecendo, voltando três dias depois, sem saber o que aconteceu. 
Mas logo, se percebe que as garotas estão possuídas por uma força malígna. A partir daí, os pais se unem para tentar livrar as duas da possessão demoníaca, sendo ajudados por um padre, um pastor, uma representante de uma religião africana, uma beata e um ateu. E o filme naufraga vergonhosamente. Nada lembra o clássico setentista, e de onde saiu o sub-título "o devoto"? Quem é o devoto, por favor? 
O filme é muito ruim, com cenas escuras - uma técnica utilizada com frequência nos filmes atuais, para esconder os efeitos especiais ruins, e provocando o sono no espectador. A única referência ao clássico de 1973 é a presença fugaz de Ellen Burstyn e Linda Blair, reprisando os seus papéis de Chris McNeill e Regan, respecticvamente. David Gordon Green entrega uma obra que não tem forças para continuar a pretendida franquia. Sim, a ideia é começar uma nova trilogia. Poupe-nos.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=rf3KTNQ8T9c&t=2s

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