Inter: movimento deve formalizar denúncia contra ameaças

Inter: movimento deve formalizar denúncia contra ameaças

“Amanhã, se o traição estiver no meio, vai pra borracha. O recado está dado".

Hiltor Mombach

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Já há um movimento no Inter para formalizar uma denúncia contra um conselheiro ligado ao Povo do Clube.
Este conselheiro, identificado pela voz enviou, na segunda-feira, por WhatsApp uma mensagem aos seus colegas do movimento avisando que a "segurança" da reunião seria feita por eles (integrantes do movimento).
O áudio da mensagem foi obtido pelo jornalista Cristiano Silva e reproduzido pela Rádio Guaíba nesta quarta-feira (27/03).
Formalizada, a denúncia será enviada para a Comissão de Ética e Disciplina.
O áudio traz ameaças gravíssimas:
"A segurança será feita por nós.
Podem ficar tranquilos.
E outra coisa: para o pessoal do traição (referindo-se ao movimento Tradição), aviso que se ficarem no meio, a chinela vai cantar. O recado está dado.
O bagulho vai ficar louco.
O Inter está muito macio. Por isso, a gente toma no cx há muitos anos. Podem ter certeza de que tem muita gente com sangue no olho, que está dentro do movimento, gente da arquibancada, gente ruim. Amanhã, se o traição estiver no meio, vai pra borracha.
O recado está dado".
Do código de ética e disciplina:

Da Conduta do Dirigente, do Conselheiro e do Associado
"A condição de Dirigente, de Conselheiro e de Associado exige conduta compatível com a observância dos preceitos deste Código, do Estatuto do Clube, do Regulamento Interno do Clube e demais instrumentos normativos do Clube, bem como dos princípios da moral e da legalidade, individual ou coletivamente considerados.
Os Dirigentes, Conselheiros e Associados devem zelar pela integridade do seu mandato ou de sua condição, pelo respeito aos direitos dos associados e torcedores, cumprindo fielmente seus deveres com urbanidade e legalidade.
Agir com cordialidade e urbanidade em relação aos associados, torcedores do Clube, Diretores, Conselheiros e empregados, sob qualquer forma, respeitando as capacidades e limitações individuais e agindo sem qualquer espécie de preconceito ou
distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, opção política e posição social;
Art. 9º São penas disciplinares:
1 - advertência por escrito, no âmbito do Clube;
li - limitação liminar da fruição de direitos;
Ili - suspensão;
VI - destituição do cargo de Dirigente;
V - perda do mandato de Conselheiro;
VI - exclusão do quadro social do Clube.

A MATÉRIA QUE DEU ORIGEM AO FATO.
POR FABRICIO FALKOWSKI

Alguns conselheiros do Inter, principalmente aqueles vinculados ao movimento Tradição, uma dissidência do Povo do Clube, relataram ao Correio do Povo que se sentiram vítimas de tentativa de coação no início da semana. O episódio está relacionado com a eleição para a mesa diretora do Conselho Deliberativo, vencida pela oposição. O novo presidente do CD do Inter é Gustavo Juchem.


Um conselheiro ligado ao Povo do Clube enviou, na segunda-feira, por WhatsApp uma mensagem aos seus colegas do movimento avisando que a "segurança" da reunião seria feita por eles (integrantes do movimento). O áudio da mensagem foi obtido pelo jornalista Cristiano Silva e reproduzido pela Rádio Guaíba nesta quarta-feira (27/03).


"A segurança será feita por nós. Podem ficar tranquilos. E outra coisa: para o pessoal do traição (referindo-se ao movimento Tradição), aviso que se ficarem no meio, a chinela vai cantar. O recado está dado. O bagulho vai ficar louco. O Inter está muito macio. Por isso, a gente toma no cx há muitos anos. Podem ter certeza de que tem muita gente com sangue no olho, que está dentro do movimento, gente da arquibancada, gente ruim. Amanhã, se o traição estiver no meio, vai pra borracha. O recado está dado", afirma o conselheiro no áudio.

Segundo alguns integrantes do Tradição, o áudio é uma tentativa de pressionar os conselheiros do movimento a votarem em José Alfredo Amarante, o candidato da situação, que perdeu a eleição por 163 a 155 votos. "O áudio é claro. Ele diz que se o grupo de conselheiros do Tradição aparecesse, levaria borrachadas. É uma ameaça para que não votassem, pois o voto seria na chapa 02 (Sérgio Juchem)", afirma uma fonte que prefere não ter o nome revelado.

O Correio do Povo tentou contato com o conselheiro ligado ao Povo do Clube autor do áudio, mas ele não respondeu nem às ligações nem às mensagens por WhatsApp. Por isso, seu nome não será divulgado. O caso, de qualquer forma, será enviado para apreciação do Conselho de Ética.

HISTÓRICO - Um grupo de conselheiros deixou o Povo do Clube no ano passado, quando o movimento decidiu abandonar o projeto de uma candidatura própria à presidência do Inter para aderir à chapa liderada por Alessandro Barcellos. Desde então, esses colorados formaram o Tradição.


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