6 dicas de livros para conhecer autores contemporâneos da literatura brasileira

6 dicas de livros para conhecer autores contemporâneos da literatura brasileira

Nesta segunda-feira comemora-se o Dia da Literatura Brasileira no país

Correio do Povo

Livro "Vozes de um Tempo" com autores apenados teve sessão de autógrafos na tarde desta terça-feira

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Além do Dia do Trabalhador, o 1º de maio também é dia de celebrar a Literatura Brasileira. A escolha do dia é por conta do aniversário do escritor e jornalista José de Alencar, cearense reconhecido por obras como "A Senhora" e "O Guarani". Para celebrar a data e incentivar a leitura de autores contemporâneos, separamos seis dicas de livros de novos nomes da literatura brasileira. 

A Pequena Coreografia do Adeus, de Aline Bei

O segundo livro da autora é escrito no formato que a fez ganhar destaque com o "O Peso do Passáro Morto". A escrita em prosa dita o ritmo de leitura e equilibra a leveza das palavras com a dureza da história. "A Pequena Coreografia do Adeus" é um livro que fala de amadurecimento e relações familiares, ou sobre amadurecer mesmo carregando os traumas que essas relações podem trazer. Bei, de 33 anos, representa uma nova geração de autoras contemporâneas que têm recebido destaque no mercado editorial nacional.

Editora: Companhia das Letras
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Água de Barrela - Eliana Alves Cruz

No romance histórico "Água de Barrela", Eliane Alves Cruz traça a história de sua própria família e outras mulheres que viveram durante a escravidão brasileira. O lavar, passar, enxaguar e quarar das roupas das patroas – prática em que era usada a água de barrela – foi o que garantiu a existência e o sustento de milhares de mães e filhos em situação de exploração. Com uma potente escrita, o primeiro romance da carioca ganha destaque na literatura afro-brasileira e prepara uma gama de leitores para outros três.

Editoria: Malê
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Jantar Secreto, de Raphael Montes

Quatro jovens amigos, com perfis e estilos de vida bem diferentes, deixam o interior do Paraná para morar no Rio de Janeiro. Com dificuldades financeiras, eles ingressam num caminho de degradação após passarem a oferecer jantares privativos para uma clientela bem exclusiva e com um cardápio bem inusitado, a "carne de gaivota". A partir deste ponto, eles ingressam num caminho de degradaçãoe e violência.

Editora: Companhia das Letras
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Vozes de Retratos Íntimos, de Taiasmin Ohnmacht

A força desta obra reside neste misto de verdade (com os fatos da origem da família da autora investigadas a partir de algumas fotografias antigas) e ficção, fazendo com que a obra tenha a contundência em destacar o racismo estrutural encrustado na espinha da sociedade brasileira e as memórias e/ou vozes que emanam desta investigação. A obra acaba por mostrar questões ligadas ao motivo de Taiasmim e, consequentemente, a narradora em primeira pessoa da obra serem negras, mas possuírem sobrenome de ascendência germânica, faz com que a narrativa fale da miscigenação e por vezes de fatos que alinham corpos negros e corpos brancos num mesmo registro.  

Editora: Taverna
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Olivetti Lettera 32, de Carolina Panta

Três mulheres recebem um livro com seus nomes estampados nas capas e com bilhetes anexados por um narrador misterioso, que deixa exposto o sentimento de culpa à existência delas. A partir disso, é criado um resgate das vidas de Diva, Eleonora e Maria Luíza, personagens de tempos diferentes que se ligam pela dor e pelo prazer de ser mulher.

Editora: Zouk
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Vila Sapo, de José Falero

Transite pela periferia de Porto Alegre – mais especificamente a Vila Sapo, onde reside o escritor gaúcho – pela escrita de José Falero. Por meio de seis histórias, com personagens muito bem construídos, a obra de estreia do autor apresenta os elementos presentes naquele cotidiano: violência, trabalho precarizado, estigmatização, etc. Mas não só. Por meio de uma escrita fluída e humanizada, Vila Sapo também revela sonhos e afetos. 

Editora: Todavia
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