Os compassos de uma cidade por seu poeta

Os compassos de uma cidade por seu poeta

Pedro Gonzaga lança livro-poema ‘Porto Alegre Blues’ nesta quinta, no Multipalco Eva Sopher do TSP com leitura e show

Luiz Gonzaga Lopes

Pedro Gonzaga apresenta seu livro-poema com leitura, fotos e show nesta quinta, na Capital

publicidade

Quantos compassos tem uma cidade? O blues tem 12 compassos basicamente, com algumas variações. Porto Alegre possui inúmeros compassos e muitas notas dissonantes. Pois o poeta Pedro Gonzaga, estudioso da poesia e da música, resolveu homenagear a capital gaúcha com o livro-poema “Porto Alegre Blues”, que tem lançamento nesta quinta, 18, 17h30min, com sessão de autógrafos no Multipalco Eva Sopher do Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº). 

Logo após, às 19h, ocorre o show “Porto Alegre Blues”, no Teatro Oficina Olga Reverbel, com interpretação solo do poema por Pedro Gonzaga e um show com solo de saxofone de Pedro Gonzaga e acompanhamento de Felipe Pimentel e Maurício Nader, com músicas que marcaram a composição do poema. Haverá projeção de imagens de Porto Alegre, de Gilberto Perin. Para o show, há cobrança de ingresso pelo teatrosaopedro.rs.gov.br

Publicado pela Edições Ardotempo, o livro de 64 páginas tem edição de Alfredo Aquino, posfácio de Mariana Ianelli e fotografias de Gilberto Perin. “Porto Alegre Blues” é um poema de livro inteiro, de uma só estrofe, que acompanha o despertar de um homem no Centro de Porto Alegre, numa madruga de inverno, e sua caminhada até o amanhecer pela Rua da Praia. Imerso em cenas do passado, desafios do presente e acontecimentos fortuitos que o trazem de volta à realidade, esse homem canta com a voz que lhe restou. A obra possui trechos de um eu lírico profundo e enraizado no tema:

“venha para o centro histórico/ comece onde tudo começou/ caminhe por ruas pitorescas/ transforme a realidade em sonho/ dos quarenta casais de açorianos/ conheça o corpo de alguém/ no glorioso cine cacique/ deu pra ti baixo astral/ vou pra porto alegre tchau”

No posfácio, Mariana Ianelli observa:

“Vale também mencionar que não é de agora essa Porto Alegre de sonho, desejo e memória na poesia de Pedro Gonzaga. Basta voltar aos seus outros livros de poesia, nos quais borbulha esta cidade afetiva, de uma vida tumultuosa de alumbramentos e sordidezes”. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895