Eles tentam. A reação é certa

Eles tentam. A reação é certa

Criminosos tentam assaltos a bancos em cidades pequenas, mas a reação das forças policiais é imediata e acabam prendendo os bandidos

Oscar Bessi

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Fica difícil entender certo tipo de criminoso. Um quarteto (desavisado, ousado, limitado mesmo ou só desesperado?) invadiu um banco na cidade da Amaral Ferrador, esta semana. Óbvio que daria tudo errado no final. Previsível. Basta olhar a organização e os resultados diários das forças públicas de segurança no RS. Basta olhar o que já aconteceu com grupos bem maiores e mais estruturados. Só tenta a sorte neste crime quem não raciocina. E este novo ataque foi uma insólita tentativa de imitar as práticas do tal “novo cangaço”, grife concedida aos bandos que tocavam o horror sem escrúpulos em cidades do interior brasileiro, atacando bancos, postos policiais, fazendo reféns e matando inocentes.

Nunca concordei muito com essa história de comparar assaltante de banco atual com cangaceiro. Os cangaceiros de outrora tinham uma questão social em sua gênese. Esses, de hoje, os tais “novos”, têm só o crime como motivador. Em comum, entre os dois movimentos, só mesmo a violência e um pouco do jeito de agir. Um pouco. Os criminosos de hoje são prepotentes, conseguem boas armas e bons veículos e interagem numa afinidade constante com os negócios do crime organizado. Não querem, de jeito nenhum, um futuro melhor para as suas comunidades. Nem para qualquer outra.

O aparato policial foi mobilizado na hora. Brigada Militar deslocou imediatamente para o cerco com as tropas do Comando Regional de Polícia Ostensiva do vale do Rio Pardo, Batalhão de Aviação, Batalhão de Choque e Bope. Polícia Civil mobilizou equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais. Os peritos do Instituto Geral de Perícias já arregaçaram as magnas colhendo provas e evidências, analisando vestígios no carro e na agência assaltada. A Polícia Rodoviária Federal também colaborou e reforçou o seu efetivo em barreiras nas estradas.

O resultado veio em seguida. O quarteto foi identificado e preso, não adiantou nem tentar se esconder no mato. É sempre assim que acaba. Não tem como escapar. Aqui no RS quem dá as cartas é a Polícia. E são cartas em prol da sociedade. Da vida. O dia que uns e outros entenderem que construir um novo amanhã passa por valorizar esses profissionais que dão um retorno gigante chamado segurança pública, a grande mãe dos investimentos em todas as áreas, as coisas serão ainda melhores.

Vou deixar um conselho a outros quartetos, quintetos e afins que porventura inventarem de se aventurar, também, em assaltos fadados ao fracasso cá na nossa terra: desistam. Troquem de profissão. Tentem outro ramo. Neste, serão sempre presos. Não gastem mais com fuzis, munições e coletes. O destino é sempre o mesmo. No nosso país, bandido inteligente veste terno e gravata, não se esqueçam.


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