Estudo mostra que 80% das executivas estão confiantes com suas carreiras

Estudo mostra que 80% das executivas estão confiantes com suas carreiras

Relatório revela o perfil de profissionais que atuam no mercado de trabalho em diferentes segmentos

Correio do Povo

Análise também revelou que as brasileiras investem mais na carreira acadêmica

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A maioria (80%) das mulheres executivas no Brasil sentem-se otimistas diante das oportunidades que os cenários de crises podem oferecer, segundo o estudo Global Female Leaders Outlook 2023, feito pela KPMG. Os dados também mostram que 78% avaliam positivamente estarem em posições de liderança. A quarta edição da pesquisa contou com 839 participantes globais, de 53 países, sendo 46 participantes brasileiras.

O conteúdo traça um perfil sobre quem são as mulheres que exercem cargos de liderança no mundo. Um quarto (25%) das executivas globais atuam no setor financeiro, área com o maior número de mulheres líderes. No Brasil esse índice é de 20%.

Quanto à vida pessoal, 21% delas não têm cônjuge (22% no Brasil), 70% delas são mães (72% no Brasil) e a maioria, 4 em cada 5, têm cônjuges que trabalham em tempo integral (76% no Brasil). Apenas 10% afirmaram ser a única fonte de renda da família. A rotina de uma executiva também foi um ponto evidenciado nesse trabalho: mais da metade (56%) das líderes femininas globais trabalham 50 horas ou mais a cada semana em atividades remuneradas, enquanto no Brasil esse percentual é de 22%.

Desafios

Os grandes desafios que essas líderes enfrentam também foram citados. A começar pela jornada dupla: 38% das mulheres disseram ser as principais responsáveis pelas tarefas domésticas (35% no Brasil), uma média de 20 horas por semana é dedicada às tarefas domésticas pelas participantes globais – entre as brasileiras, a média é de 23 horas. Isso equivale a quase três dias úteis a mais por semana, de trabalho não remunerado, restando somente 15 horas para o lazer (incluindo os finais de semana) para as executivas globais, e cerca de 12 horas para as brasileiras. O total é de 69 horas de trabalho semanal, em média, para as líderes globais, e de 70 horas para as líderes no Brasil.
Um quarto das entrevistadas globais contabiliza 80 horas ou até mais de trabalhos semanais, estando as brasileiras acima desse índice, com 35%. Uma em cada três mulheres mencionam não ter ajuda externa nas tarefas domésticas e apenas 4% no Brasil e no mundo disseram que têm cônjuge que assume a principal responsabilidade por essas atividades.

A resiliência também é um ponto forte demonstrado entre as mulheres executivas: 80% da amostra global e 85% no Brasil mudaram de empresa pelo menos uma vez para conseguirem melhores oportunidades em suas carreiras. Mais da metade (63%) da amostra global e 54% no Brasil têm uma sucessora mulher na instituição.

Outra conclusão da publicação da KPMG é que a alta demanda profissional afetou a vida pessoal de 71% das respondentes, e 69% delas se sentem sobrecarregadas por enfrentarem crises intermináveis. Por isso, 55% ressentem-se com o esgotamento físico e mental.

Outro ponto importante do estudo foi que, embora ainda haja relatos de enfrentamento de estereótipos e preconceito, três em cada quatro mulheres esperam ter igualdade de gênero nos próximos 15 anos.


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