Cenário na Assembleia do RS é adverso aos planos do governo

A Federasul divulgou, nesta terça-feira, um novo card, atualizado, com o mapa dos votos dos deputados em relação ao projeto de majoração da alíquota modal. Segundo o levantamento da entidade, são 31 parlamentares contrários ao texto, entre eles, vários aliados do governo. Vinte e quatro não responderam. Entre eles, o presidente da Assembleia, Adolfo Brito (PP), que vota somente em caso de empate.

Confira levantamento da Federasul:

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Não por acaso, o mais recente balanço da Federasul, uma das entidades com posição mais ferrenha contra o aumento da modal e também contra os cortes de incentivos fiscais, foi apresentado horas após a coletiva da bancada do PT. O partido, que tem a maior bancada da oposição, junto com o PC do B, somando 12 deputados, posição contra o aumento da modal.

Os dois movimentos ocorreram no dia em que o governador Eduardo Leite (PSDB) retornou de missão à Europa. A avaliação do Executivo era a de que o apoio do PT não apenas garantiria, matematicamente, o apoio suficiente para a aprovação da proposta, mas também influenciaria o voto de deputados da base aliada, que resistem à iniciativa. Com a negativa, o governo terá que recalcular a rota. Por ora, não há votos para a aprovação do projeto, mesmo com ações como a renegociação de dívidas, que estrategicamente foram incluídas na mesma matéria.

Uma das alternativas é a retirada do regime de urgência, que viabilizaria mais prazo para os debates e a votação, mas que também deixaria o Piratini sangrando por mais tempo. Leite já se reuniu, ontem, com articuladores e novos encontros ocorrerão nos próximos dias. A expectativa é que seja tomada decisão sobre o próximo passo, diante do cenário adverso, até 1° de maio. Na data, os decretos de cortes nos incentivos entrarão em vigência, caso não ocorra um novo adiamento. Se o regime de urgência do texto da modal for mantido, o projeto passará a trancar apauta em plenário dia 14 de maio.