Crise no Rio Grande do Sul: Tragédia humanitária exigirá união por meses

Crise no Rio Grande do Sul: Tragédia humanitária exigirá união por meses

O cenário atual é marcado por quedas de braço políticas e narrativas distintas em relação ao episódio

Taline Oppitz

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Ainda em meio à tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, com pessoas e animais que seguem sendo resgatados, apesar da tendência de baixa das águas de rios do Interior do Estado e do lago Guaíba, marcam o cenário quedas de braço políticas e narrativas distintas em relação ao episódio.

Responsabilidades terão de ser atribuídas, não há dúvida, mas a extensão da crise humanitária enfrentada no Rio Grande do Sul já está exigindo, e assim será por longos meses, a união e a atuação conjunta dos governos em todas as suas instâncias, de agentes públicos, e de todos nós enquanto sociedade.

Novos anúncios por parte do governo federal serão realizados na próxima semana, desta vez, visando a recuperação de empresas. Verbas do Tesouro do Estado também estão sendo liberadas e serão reforçadas com o fôlego garantido pela suspensão do pagamento do serviço mensal da dívida com a União.

É em momentos como esse que o Estado precisa agir com força no atendimento dos que mais precisam. São inúmeras e simultâneas as frentes de ação urgentes, algumas delas, porém, terão de se estender no médio prazo.

A manutenção da atuação decisiva do voluntariado, que teve início logo nos primeiros dias da tragédia, e que continua até agora, em salvamentos, resgates e também nos abrigos, auxiliando os milhares de desabrigados e desalojados frente a tantas necessidades, talvez seja um dos principais e mais urgentes desafios.

Com a volta, aos poucos, das atividades, parte destes voluntários terão de retomar suas vidas. Alguns locais, como escolas que estão servido de abrigos, também irão reabrir suas portas para o retorno de estudantes, professores e funcionários, forçando a transferência das pessoas.


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