A 100 dias do início dos Jogos de Paris-2024, veja quais são as principais apostas do Brasil para o ouro olímpico

A 100 dias do início dos Jogos de Paris-2024, veja quais são as principais apostas do Brasil para o ouro olímpico

Nomes como Rebeca Andrade, Rayssa Leal e Ana Patrícia/Duda chegam a Paris como favoritos para o lugar mais alto do pódio

Victória Rodrigues

Rebeca Andrade irá para a sua terceira Olimpíada

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Faltando apenas 100 dias para o evento esportivo mais esperado do ano, já é possível projetar os atletas brasileiros com mais chance de subir ao pódio dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O Brasil vai em busca de quebrar o recorde de Tóquio-2020, em que arrecadou 21 medalhas no quadro geral. O Correio do Povo destaca dez das melhores apostas brasileiras para assegurar o lugar mais alto do pódio em terras francesas.

Rebeca Andrade

A ginasta vai para a terceira Olimpíada da carreira e vem com um bom retrospecto para encarar a quarta. Rebeca conquistou nada menos do que cinco pódios no Mundial do ano passado: ouro no salto, prata no solo, individual geral e por equipes e bronze na trave. Aos 24 anos, a ginasta já se consolidou como uma das principais e mais completas atletas da modalidade no mundo. A brasileira já fez história nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, faturando a prata no individual geral e ouro no salto. Naquele mesmo ano, Rebeca se tornou a primeira atleta brasileira a faturar duas medalhas em uma mesma Olimpíada. Ainda, foi campeã do salto com a maior nota do ano no Pan-Americano de 2023. Rebeca chegará a Paris com seis chances reais de medalha e favorita a quatro pódios: solo, salto, equipe e individual geral, além de forte candidata na trave e barras assimétricas.

Ana Patrícia / Duda

A dupla do vôlei de praia terminou 2023 como líder do ranking mundial, com cinco títulos das etapas do Circuito e uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Campeãs mundiais em 2022 e vice em 2023, as brasileiras vão para a segunda Olimpíada. Em 2020, estiveram em Tóquio, porém, separadas. Ana Patrícia jogou com Rebecca e acabou eliminada nas quartas de final para a dupla Heidrich/Vergé-Dépré, da Suíça. Já Duda participou com Ágatha e foi eliminada nas oitavas para as alemãs Kozuch e Ludwig. Inclusive, Ana e Duda foram campeãs olímpicas da Juventude em 2014.

Histórico de Gabriel Medina nas ondas de Taiti é positivo | Foto: Rodolfo Vilela / Ministério do Esporte

Gabriel Medina

Apesar de ter conquistado a vaga olímpica nos últimos minutos da bateria final do ISA Games, na última competição classificatória para os Jogos de Paris, Medina é o grande favorito a subir o pódio olímpico. Isso porque, o histórico de resultados do brasileiro no Circuito Mundial disputadas no local dos Jogos, em Teahupoo, no Taiti, é muito positivo. Desde 2014, quando foi campeão mundial pela primeira vez, Gabriel participou sete vezes da etapa do Taiti do Circuito. Em sete etapas do Circuito Mundial que disputou por lá, tem dois títulos, quatro vice-campeonatos, e uma eliminação na semifinal. O retrospecto do surfista o torna grande favorito a subir no lugar mais alto do pódio em Paris. Afora isso, há ainda o aspecto emocional de querer dar uma resposta positiva depois de uma estreia abaixo do esperado nos Jogos de Tóquio-2020.

Marcus D'Almeida

Um dos nomes que mais cresceu no cenário mundial desde Tóquio-2020. O atleta é atual líder no ranking mundial do tiro com arco e tem grandes chances de conquistar medalhas em Paris. Marcus também foi campeão do importante torneio de Las Vegas e da etapa da China da Copa do Mundo, além do ouro no Finals, no México, segunda competição mais relevante da temporada. O brasileiro também ficou com a medalha de bronze no Campeonato Mundial, maior evento do ano. O Brasil nunca conquistou uma medalha olímpica no tiro com arco e, depois de duas participações, nos Jogos do Rio 2016 e Tóquio 2020, Marcus está entre os favoritos ao pódio em 2024.

Flávia Saraiva

Não houve um ano melhor para Flávia Saraiva na ginástica que não 2023. Prata por equipe no Mundial e bronze no solo, saiu de lá direto para mais um punhado de medalhas nos Jogos Pan-Americanos. Este ano, mais uma vez figurou no pódio ao conquistar o segundo lugar na trave na etapa da Turquia da Copa do Mundo. Chega a Paris com boas chances em pelo menos quatro aparelhos: salto, individual geral, trave e por equipes.

Ana Marcela Cunha

Atual campeã olímpica, a brasileira começou a temporada de 2024 carimbando a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris ao ficar em quarto lugar na prova dos 10km do Campeonato Mundial, em Doha, no Catar. Na ocasião, Ana Marcela também garantiu o bronze na prova dos 5km, além de ter sido quinta colocada na etapa do Egito da Copa do Mundo. No Pan de Santiago, em outubro, também conquistou a medalha de prata. Ana Marcela Cunha tem 17 medalhas em Campeonatos Mundiais. Apesar dos títulos, a nadadora não teve um 2023 fácil. Isso porque reservou o primeiro semestre inteiro para a recuperação de uma cirurgia no ombro, feita no fim de 2022. Mesmo assim, é grande favorita a repetir o feito de Tóquio-2020.

Isaquias Queiroz

Depois de ficar quase quatro meses afastado dos treinos por motivos pessoais, o brasileiro voltou sem medalha do Campeonato Mundial pela primeira vez na história, terminando em sexto lugar. Mesmo assim, conquistou a vaga olímpica. Classificado, Isaquias disputará agora sua 3ª edição de Jogos Olímpicos. Ao todo, o brasileiro acumula quatro medalhas: um ouro, vencido em Tóquio-2020, e mais duas pratas e um bronze, conquistados no Rio-2016 e vai em busca de mais uma na capital francesa.

Rayssa Leal faturou a primeira medalha olímpica em Tóquio-2020 | Foto: Breno Barros / Ministério do Esporte

Rayssa Leal

A "Fadinha" terminou 2023 como a atleta mais regular do street. Já em 2024, nos dois Campeonatos Mundiais, conseguiu um ouro em janeiro e uma prata em dezembro, além de ter sido campeã do Super Crown, a final da Street League, em São Paulo. Também começou a temporada com a medalha de prata na etapa de Paris da Street League, competição que reuniu as melhores atletas do mundo. Os bons resultados de Rayssa fazem com que ela seja favorita ao pódio em Paris, porém, enfrentará grandes oponentes como as japonesas Momji Nishiya, atual campeã olímpica, e Yumeka Oda, atual campeã mundial.

Beatriz Ferreira

A brasileira terminou 2023 de maneira invicta no boxe, com os títulos no torneio da Bulgária, no Campeonato Mundial e Jogos Pan-Americanos, o último garantindo a primeira vaga do Brasil no boxe para os Jogos Olímpicos. No Mundial, venceu as quatro lutas por 5 a 0, inclusive a decisão contra a colombiana Angie Valdés. No Pan, a decisão foi contra a mesma atleta, também por 5 a 0. Os títulos trazem confiança para a boxeadora, que tem grandes chances de conquistas a medalha dourada em Paris, em julho. No ano passado, tomou uma decisão polêmica de levar adiante, em paralelo, a carreira no boxe profissional. Se por um lado, há mais desgaste, por outro, a brasileira ganha ainda mais experiência na briga pelo inédito ouro.

Mayra Aguiar

Uma das judocas mais regulares do mundo, a gaúcha irá disputar a quinta Olimpíada em Paris. Mayra está há 16 anos na seleção brasileira, participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos e conquistou três bronzes na disputa (2012-16-21), além de ser tricampeã mundial na modalidade. A atleta ocupa a quinta posição do ranking mundial e optou por não competir neste início de temporada, para se guardar para Paris. Mayra terminou o ano de 2023 por cima com o título do importantíssimo Grand Slam de Tóquio, competição mais tradicional do judô e será forte candidata ao pódio em julho.


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