Autoridades tiveram a chance de evitar a tragédia, diz amigo de moradores da Pousada Garoa
Homem foi ao cemitério se despedir de amigo e manifestou sentimento de revolta
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Revolta é o sentimento definido por um amigo de vítimas do incêndio que matou dez pessoas na Pousada Garoa nessa sexta-feira. Carlos Henrique Rosa da Silva, de 45 anos, é uma pessoa em situação de rua e foi até o velório na tarde deste sábado para se despedir das vítimas do incêndio. Para Silva, as autoridades poderiam ter evitado a tragédia se tivessem dado atenção a relatos de problemas nas unidades.
“Eu conhecia eles das jantas, da frente do albergue, nos postos de saúde, onde a gente conversava. O sentimento é de revolta, pois se as autoridades tivessem visto ou ouvido os relatos, teriam tomado alguma providência e a gente não estaria enterrando essas vítimas. Eles tiveram a chance de mudar isso”, lamentou.
Os corpos de quatro das 10 vítimas do incêndio na pousada Garoa foram sepultados na tarde deste sábado, no Cemitério São João. O velório coletivo foi breve, e não contou com a presença de familiares.
Foram enterrados Silvério Roni Martim, Dionatan Cardoso da Rosa, Maribel Terezinha Padilha e Julcemar Carvalho Amador. A outra das vítimas identificadas, Anderson Gaúna Corrêa, já teve o corpo retirado pela família no Instituto Médico Legal (IML). Os familiares já realizaram uma cerimônia de despedida e o corpo de Corrêa já foi sepultado neste sábado.