Avanço das águas modifica cenários emblemáticos de Porto Alegre

Avanço das águas modifica cenários emblemáticos de Porto Alegre

Centrais de resgate continuam mobilizando centenas de agentes de segurança e voluntários

Paula Maia

Fluxo intenso de barcos, botes e jet-ski nas ruas alagadas da Capital

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Sete dias se passaram e a operação de resgate montada na Usina do Gasômetro, um ícone de Porto Alegre, continua reunindo diferentes forças de segurança e voluntários para auxiliar os moradores de Eldorado do Sul e do Arquipélago afetados pela enchente.

No Anfiteatro Pôr do Sol, botes e barcos partem em direção ao arquipélago para continuar o resgate de pessoas e animais, além do envio de mantimentos para os ilhados.

O nível da água na Rótula das Cuias e todo seu entorno, que abriga o Ministério Público e o Centro Administrativo do Estado (CAFF), praticamente cobre os cones de sinalização que têm 70cm.
A água que cobriu a Borges de Medeiros, uma das principais avenidas em direção a região central, invade o estacionamento do shopping Praia de Belas.

Na Cidade Baixa, o avanço das águas transformou em um único rio as ruas do bairro. Agentes da segurança e voluntários continuam em barcos, botes e jet-ski realizando operações de apoio e entregando mantimentos.
A rótula da João Alfredo com a República está completamente submersa. A água cobre as entradas de locais como o tradicional restaurante Tudo Pelo Social e a Escola La Salle Pão dos Pobres.

Moradores que optaram ficar nas residências notaram um pequeno recuo da água. Já é possível ver as bicicletas coletivas que estão na estação da República.

A mobilização também continua na zona Norte da Capital. Quadras da Avenidas Benjamim Constant, Avenida Brasil e a Avenida Cairú, a partir do viaduto da Terceira Perimetral, permanecem tomadas pelas águas. A retirada de moradores diminuiu consideravelmente. Dezenas de carros estão submersos, na região.

A Subestação Porto Alegre 2 da CEEE Equatorial, na Avenida Pátria, no Bairro São Geraldo, continua tomada pelas águas. O nível da água ultrapassa as portas de um carro abandonado na Avenida Farrapos, que é levado pelas correntezas. No meio de tanta água é possível ver a fiação elétrica destruída com a queda de uma árvore.

Um morador que permanece em área alagada da Avenida Farrapos desceu do seu prédio, com a água na altura do peito, para pegar bombona de 20 litros de água, ainda lacrada, que foi levada pela correnteza.

O Loteamento Santa Teresinha, na Voluntários da Pátria, e a sede da RDC TV, na rua Paraíba, estão entre os locais inundados, demonstrando a magnitude do desastre.

No bairro Anchieta, Bruno Tavares resgatou quatro cavalos, apenas com a ajuda de um amigo e um jet-ski.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895