Bento Gonçalves realiza pesquisa que aponta gargalos na mão de obra das empresas locais

Bento Gonçalves realiza pesquisa que aponta gargalos na mão de obra das empresas locais

Estudo foi realizado com a participação de mais de 220 empresas

Celso Sgorla

Pesquisa mostrou que a indústria tem necessidade de bons auxiliares de produção

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O Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG) de Bento Gonçalves e o Bento+20 apresentaram uma radiografia sobre qualificação profissional no município, com foco em suprir as carências dos segmentos econômicos nessa área. A pesquisa realizada com a participação de mais de 220 empresas comprovou uma percepção já conhecida nas organizações: 86% delas afirmaram ter problemas com falta de mão de obra qualificada. Há vagas disponíveis e, na outra ponta, pessoas querendo trabalhar. Porém, o que impede o sucesso dessa conexão, muitas vezes, é a falta de qualificação específica para que os profissionais consigam se enquadrar nas oportunidades existentes.

Na avaliação do presidente do CIC-BG, Rogério Capoani, o resultado impõe um desafio às empresas, entidades representativas, escolas, universidades e ao poder público: trabalhar de forma combinada para viabilizar uma solução real e integrada à demanda, “Além do mérito de identificar quais os gargalos em termos de mão de obra para os setores produtivos, essa pesquisa é o primeiro passo de um projeto macro que pretendemos edificar para contribuir com o desenvolvimento e crescimento dos setores, em especial o industrial, grande fomentador econômico do município”, comentou o presidente.

Realizado com apoio da Universidade de Caxias do Sul (UCS), o estudo contou também com a participação de entidades de classe para mapear cada segmento da indústria, do comércio e dos serviços. A pesquisa demonstrou que a indústria tem necessidade de bons auxiliares de produção. No comércio, a falta de vendedores qualificados é a principal demanda, tanto para o momento atual quanto para o futuro. Para o setor de serviços, analista de sistema é o principal gargalo.

Com os dados da pesquisa em mãos, a ideia é incluir a formação da mão de obra apontada como deficitária no currículo das instituições de ensino e centro de formações profissionais e, então, fazer o encaminhamento dos profissionais devidamente qualificados para preencher as vagas existentes.


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