Camaquã irá decretar calamidade pública por causa de alagamentos

Camaquã irá decretar calamidade pública por causa de alagamentos

Em Cristal também foram registradas cheias por toda a cidade, 30 famílias tiveram que deixar suas casas alagamentos

Angélica Silveira

O Rio Camaquã provocou alagamentos em Cristal

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Cidades da Costa Doce começaram a contabilizar problemas em função da chuva intensa dos últimos dias. Em Camaquã são registradas inundações nas localidades de Ilha da Pacheca e Santo Antônio, mas ainda ninguém saiu de casa.

Na manhã desta quinta-feira, a Prefeitura e a Defesa Civil enfrentam dificuldades para chegar aos locais, devido às águas terem invadidos as estradas. O nível do Rio Camaquã chegou a 9,01m, ultrapassando a cota de inundação. As aulas foram suspensas em todas as escolas da zona rural.

O Coordenador Municipal da Defesa Civil, Rafael Moura conta que participou de uma reunião nesta quinta-feira no gabinete de crise em função das inundações na região de várzea. “Será ser decretada calamidade pública. Também ficou acordado que ainda nesta quinta-feira, iremos em um comboio em direção a Ilha Santo Antônio, Capororoca e Pacheca para levar mantimentos como água e alimentos”, relata. Ele também confirma que a cidade iniciou uma campanha de arrecadação de donativos essenciais como água, alimentos e produtos de limpeza que poderão ser entregues na Secretaria do Desenvolvimento Social, nos Bombeiros ou na Brigada Militar. “Toda a mobilização é necessária nesse momento para auxiliar as pessoas que estão isoladas nessas localidades”, observa.

Em Cristal, a água tomou conta de todo o município desde quarta-feira, mas nesta quinta-feira o Rio Camaquã se mantém estável. Por volta das 15h permanecia em 7,44 metros, mesma medida do início da manhã. A Defesa Civil retirou 30 famílias de casa ( 80 pessoas). Três pessoas seguiam abrigadas no Centro de Inclusão nesta sexta-feira, o restante na casa de familiares.

Segundo a Prefeitura as aulas seguem suspensas nesta quinta e sexta-feira. A situação será reavaliada após a água baixar, devido a condição de estradas no interior, pois há locais onde não é possível ter acesso e contabilizar os prejuízos.


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