Campanha alerta sobre a disseminação de conteúdos falsos

Campanha alerta sobre a disseminação de conteúdos falsos

A campanha da ARI, “Direito e Dever de Duvidar”, convoca o público a exercer o direito de duvidar da veracidade das informações, incentivando a busca por fontes confiáveis

Paula Maia

ARI lança campanha “O Direito e o Dever de Duvidar”

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No evento realizado na Casa dos Jornalistas do RS, diversos representantes de jornais, assessorias de imprensa, sindicatos e entidades se reuniram para o lançamento da campanha institucional, "O Direito e o Dever de Duvidar", liderada pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI) que visa alertar sobre a disseminação de conteúdos falsos e maliciosos nas redes sociais, impulsionados pela tecnologia, especialmente pela inteligência artificial.

A campanha convoca o público a exercer o direito de duvidar da veracidade das informações, incentivando a busca por fontes confiáveis e o jornalismo profissional. A campanha destaca que duvidar é não apenas um direito, mas um dever de cidadania para evitar a manipulação e promover a verdade.

O presidente da ARI, José Nunes destacou que a campanha "O Direito e o Dever de Duvidar" é um apelo para que o público leitor, ouvinte e telespectador duvidem das notícias. Ele enfatizou a relevância da colaboração de todos os setores da sociedade nessa luta contra a desinformação, destacando que essa responsabilidade não é exclusiva dos jornalistas, mas sim de todos os cidadãos.

“Neste primeiro momento da campanha, estamos pedindo que as pessoas duvidem das postagens e chequem antes de encaminhar. Lutar contra a desinformação não é tarefa restrita a jornalistas. Todos nós temos que participar dessa luta, que deve ser diária e permanente”, afirmou.

O presidente de honra da Ari, Batista Filho destacou a importância da liberdade de imprensa e expressão, enfatizando a responsabilidade dos profissionais e veículos de comunicação. Ele também ressaltou a necessidade de limites para evitar práticas como estigmatização, calúnia e difamação, que são formas de mentira.

Filho afirmou que a campanha lançada pela Ari busca promover o entendimento e o compartilhamento na sociedade, e conta com o apoio dos veículos de comunicação para atingir seu objetivo.

O presidente do Conselho Deliberativo da ARI, Luiz Adolfo Lino de Souza destacou que esse é um debate que terá muitos desdobramentos e afirmou que a Associação está de portas abertas para ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre essa pauta. Souza também lembrou da campanha da obrigatoriedade do diploma de jornalista, afirmando que ela é permanente e necessária.

"A formação profissional é um elemento fundamental para que o jornalista assuma com credibilidade a sua função”, ressaltou.

O autor da ideia da campanha, o jornalista Armando Burd refletiu sobre os avanços tecnológicos que “vieram tanto para o bem quanto para o mal”. Ele afirmou que as fake news prejudicam diversos setores e até mesmo a saúde da população quando uma notícia falsa é disseminada. “Os conselhos regionais de medicina nunca tiveram tanto trabalho. Eles não dão conta o volume de denúncias que prejudicam a saúde de pessoas”, pontuou.


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