Casa do Estudante de São Leopoldo cria campanha para arrecadar verba e sanar problemas estruturais

Casa do Estudante de São Leopoldo cria campanha para arrecadar verba e sanar problemas estruturais

Há cerca de um mês parte do passeio foi isolado, no trecho da rua Lindolfo Collor e Primeiro de Março, porque o muro do imóvel corre risco de desabar

Fernanda Bassôa

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Moradores da Casa do Estudante Universitário Leopoldense (CEUL), uma moradia coletiva, autônoma e independente, que acolhe universitários, alunos de cursos profissionalizantes e também da educação básica (como EJA), localizada no Centro de São Leopoldo, se mobilizaram a fim de angariar recursos para solucionar questões urgentes e estruturais da casa. A falta manutenção no imóvel, que não recebe reparos há anos, tem prejudicado o dia a dia dos moradores e também a convivência com a comunidade local.

O episódio mais recente foi o isolamento, há cerca de um mês, de parte do passeio público, no trecho da rua Lindolfo Collor e Primeiro de Março, porque o muro da Casa do Estudante corre risco de desabamento. A interdição foi feita pela Defesa Civil do Município. A medida, segundo a Prefeitura, foi necessária para dar segurança aos pedestres que transitam pela calçada. O local foi sinalizado com fitas e cones. A Prefeitura informou que o proprietário do imóvel foi notificado. O prédio é cedido pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

Vindo de Brasília e morador do local há cerca de três anos, o estudante de Administração, Lucas Henrique Carvalho da Silva, 31 anos, diz que para tentar sanar e amenizar parte dos problemas, os atuais sete moradores criaram uma vakinha on-line com a expectativa de angariar o valor de R$ 10 mil. “Estimamos que somente a obra do muro sejam gastos em torno de R$ 5 mil, com a compra de materiais e mão de obra. Mas há outros reparos que precisam ser feitos. O forro, o piso, a fiação elétrica, têm apresentado muitos problemas. A nossa ideia é arrecadar esse valor e investir na moradia para que todos possam se acomodar da melhor forma possível.”

O estudante explica caso sobre algum valor, a ideia é adquiri móveis para o local, como ventiladores, camas e armários. “Os quartos são coletivos. Cada morador gasta entre R$180 a R$250 por mês com custos de água, luz, internet e gás, divididos entre todos”, comenta Silva. A Casa do Estudante, sem qualquer fim econômico, tem autonomia administrativa e finalidade de proporcionar moradia a estudantes de baixa-renda, oriundos de regiões distantes do Vale do Sinos, promovendo sua interação com a comunidade local, despertando o espírito comunitário, do bem coletivo e desenvolvendo os interesses de políticas estudantis e sociais.

Criada em 21 de fevereiro, a vakinha on-line arrecadou um pouco mais de R$ 600. Interessados em colaborar com as obras de manutenção e reparos da Casa do Estudante podem fazer isso através do link https://www.vakinha.com.br/4493933 ou um depósito de qualquer valor usando a chave pix: 4493933@vakinha.com.br

O Daer, proprietário do imóvel, informou que está buscando informações para, juntamente com a Prefeitura, encontrar uma solução urgente para o prédio e para resolver a situação dos estudantes.


Correio do Povo
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