Sol não ameniza os transtornos causados pelas chuvas na Fronteira Oeste

Sol não ameniza os transtornos causados pelas chuvas na Fronteira Oeste

Em Quaraí famílias seguem desabrigadas e em Itaqui uma árvore tombou no Centro da cidade

Fred Marcovici

Em Itaqui uma árvore tombou na rua Osvaldo Aranha devido ao excesso de água infiltrada no solo

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Em Quaraí, fronteira com o Uruguai, o rio que leva o nome da cidade, que chegou a atingir 9,42 m, às 12h39min de segunda-feira – mede agora 7,74 m, recuando em média, 6 cm por hora. Segundo Luana Guterres, coordenadora da Defesa Civil, o município deixou a cota de inundação e ingressou na de alerta que é de 7 m.

As três famílias removidas (10 pessoas ao todo) permanecem no abrigo temporário do Piquete Piazito Carreteiro. A volta para casa deve acontecer apenas quando o rio medir 6,50 m, por margem de segurança. O que deverá acontecer na manhã desta quarta-feira.

As ruas Loreto Tavares de Souza e João Batista de Castilhos estão passando por reparos da equipe da Secretaria de Infraestrutura de Quaraí, de acordo com o adjunto da pasta, Rafael Guedes.

Ontem houve apenas uma neblina sobre a cidade, sem maiores repercussões. As pontes do Saladeiro e Gaudêncio retomaram o tráfego que havia sido interrompido a veículos e pedestres.

O baixo Uruguai apresentou nas últimas 24 horas um quadro de elevação ao longo da corrente – com São Borja anotando 5 m, ainda distante da margem de atenção.

Em Uruguaiana, depois de dias, o sol voltou a aparecer. A chuva intermitente – alternando períodos de precipitação com outros apenas nublado, deu uma trégua, de acordo com o responsável pela Defesa Civil municipal, Paulo Woutheres. Nos últimos quatro dias choveu no município 162,2 mm, na área urbana. No interior os registros superaram os 200 mm provocando prejuízos nas lavouras de arroz que se encontram em diversos estágios de desenvolvimento. O rio Uruguai mede 5,42 m, subindo. A um metro da cota de atenção.

Equipes de trabalho atuam reparando vias urbanas e rurais danificadas devido ao excesso de chuva nos últimos cinco dias.

Os bairros mais afetados foram Cidade Nova, União da Vilas, Cabo Luiz Quevedo, Cidade Alegria e áreas centrais da cidade. “A partir de agora a tendência é de que as condições climáticas retornem à normalidade’, avalia Woutheres.

Em Alegrete, segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Renato Grande, o acumulado da chuva nas últimas 72 horas atingiu 120,8 mm. Na terça-feira, em alguns momentos, o sol chegou a aparecer. Já o rio Ibirapuitã media 8,31 m, crescendo, em média, 7cm por hora, ultrapassando a cota de atenção e aproximando-se a cota de alerta fixada em 8,50 m. Marca que deve ser alcançada durante o início da noite.

“A preocupação mantém-se direcionada para as chuvas registradas em Sant’Ana do Livramento, nos últimos dias, município onde o rio nasce”, destaca. As equipes da Defesa Civil, órgãos de assistência social, infraestrutura e Exército Brasileiro estão de sobreaviso para possível cheia no município, conclui Grande.

Em Itaqui, o dia foi de sol entre nuvens. Uma árvore tombou no dia anterior, na rua Osvaldo Aranha, Centro da cidade, sendo removida pela corporação de bombeiros. Conforme o assessor da Defesa Civil, Juliano Cabral, o acumulado de chuva no município, na primeira quinzena de abril, somou 174,1 mm.

O rio Uruguai apresenta os primeiros sinais de elevação medindo 4,66 m. As autoridades monitoram o rio e as consequências das chuvas recorrentes.

Em Barra do Quaraí, o rio Quaraí, que corta a cidade, mede 5,52 m, crescendo gradativamente. Tempo estável e a temperatura caindo.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895