Comércio exterior por Uruguaiana no primeiro bimestre de 2024 apresentou índices negativos nos principais indicadores

Comércio exterior por Uruguaiana no primeiro bimestre de 2024 apresentou índices negativos nos principais indicadores

A importação foi o segmento que mais sofreu em janeiro e fevereiro

Fred Marcovici

A Ponte Internacional de Uruguaiana registrou quatro índices negativos ligados ao comércio exterior no primeiro bimestre de 2024

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Os negócios internacionais entre o Brasil e os países do Mercosul, principalmente, a Argentina, pela Ponte Internacional que liga Uruguaiana (o segundo maior Porto Seco Rodoviário da América Latina em caminhões rodando e o primeiro em valores comercializados) a cidade de Paso de los Libres (AR), apresentaram uma série de indicadores negativos no primeiro bimestre de 2024, em relação ao ano passado.

De acordo com dados estatísticos consolidados pela Receita Federal do Brasil foram anotados 15.565 despachos aduaneiros representando uma queda de 9,53% em relação ao mesmo período de 2023.

Os documentos significam faturamento às empresas que lidam com comércio exterior, boa parte sediada na cidade.

Também no volume de mercadorias houve um declínio de 7,12% ao computar o trânsito de mercadorias igual a 326,34 mil toneladas de mercadorias importadas e exportadas.

O montante financeiro transacionado em janeiro e fevereiro caiu 12,24% ao movimentar US$ 960,82 milhões (ou R$ 4,79 bilhões), sendo US$ 286,5 milhões na importação que encolheu 24,5% e US$ 674,33 milhões na exportação caindo 5,73%.

Fizeram a travessia da ligação entre os dois países vizinhos 29.740 caminhões nos dois sentidos ou 12,7% inferior do que no primeiro bimestre do ano anterior.

A vice-presidente executiva da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), Gladys Vinci, há pelo menos dois motivos para os números em declínio no primeiro bimestre do ano.

As crises política e a econômico-financeira instaladas na Argentina que envolvem em incertezas o comércio exterior entre os dois países, os maiores parceiros do Mercosul.

E o outro diretamente ligado ao TTD – Tratamento Tributário Diferenciado que durante este período obrigava o importador a ingressar com as cargas por Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. “Um porto pequeno para a dimensão da demanda”, salienta Gladys.

Os benefícios ofertados atraiam os empresários, porém, os contratempos gerados pelo fluxo foram significativos. Agora, a medida está suspensa devendo ser retomada em maio. Até lá, no entanto, muitas negociações estarão sendo desenvolvidas, conclui Gladys.


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