“Em questão de meia hora, a água subiu”, relata morador que deixou casa às pressas na Cidade Baixa

“Em questão de meia hora, a água subiu”, relata morador que deixou casa às pressas na Cidade Baixa

Região é uma das mais atingidas na tarde desta segunda-feira em Porto Alegre

Correio do Povo

Vila Lupicínio Rodrigues, na Cidade Baixa, foi duramente atingida no início da tarde desta segunda-feira, em Porto Alegre

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Muitos moradores da Cidade Baixa foram pegas de surpresa na tarde desta segunda-feira, em Porto Alegre, e precisaram deixaram suas casas às pressas. O relato de moradores é de que os alagamentos subiram muito em um curto período de tempo. Há pontos com inundações desde a avenida Praia de Belas até a Getúlio Vargas. Neste ponto, moradores estão evacuando a vila Lupicínio Rodrigues, que fica nos fundos do ginásio Tesourinha.

Um destes casos é do morador Tiago Silva Nunes. Ele conta que foi pego de surpresa com o aumento do alagamento na região. “Eu estava no meio de uma reunião, pois estamos trabalhando de home office. Foi questão de minutos, quando eu desci para ver a água na Getúlio Vargas e, quando voltei, já tinha subido muito aqui. Em questão de meia hora, a água subiu”, relatou assustado enquanto deixava sua casa às pressas.

Em um dos pontos da vila Lupicínio Rodrigues, moradores chegam a utilizar contêineres de lixo para retirar seus pertences de casa durante a evacuação da região. A Cidade Baixa é um dos pontos que mais vem sofrendo com inundações na tarde desta segunda-feira. Mais cedo, um dos pontos críticos era na rua Baronesa do Gravataí, onde bombeiros utilizavam botes e jet skis para fazer o salvamento de moradores que ficaram ilhados.

O relato dá conta de que a água chegou na altura da cintura de um adulto e apresenta elevação. Pessoas deixavam suas casas com seus animais de estimação. No local, a necessidade era de caixas para auxiliar no transporte de pets.

Na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, onde o alagamento estava nas proximidades do Praia de Belas no domingo, também já estava inundada no cruzamento da rua João Alfredo nesta segunda. O arroio Dilúvio continua alto, mas não está represado. Muitos carros são registrados chegando na região com botes para ajudar a retirar os ilhados.


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