Guaíba atinge maior nível desde enchente de 1941 em Porto Alegre

Guaíba atinge maior nível desde enchente de 1941 em Porto Alegre

Elevação do Guaíba já chega em 3,50m na noite desta quinta-feira

Correio do Povo

Guaíba atinge maior nível desde enchente de 1941 em Porto Alegre

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O Guaíba registrou na noite desta quinta-feira sua maior elevação desde a enchente de 1941. Conforme a Rede Hidrometeorológica Nacional, o nível observado às 21h15miin era de 3,56m na região do Cais Mauá.

A água já avança sobre a Orla do Guaíba e seus trechos e é maior que a dos fenômenos de 2023 – de 3,18 metros de setembro e os 3,46 metros de novembro.

De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, existe a possibilidade do avanço das águas ultrapassar a marca de 5m. Se isso se confirmar, será a maior cheia da história do Estado superando o patamar de 1941, com 4,76m.

| Foto: Fabiano do Amaral

Comportas começam a vazar

Todas comportas do sistema de contenção de cheias de Porto Alegre estão fechadas e em ação. Na avenida Mauá, a água começou vazar pelas comportas e invadir a via na noite desta quinta-feira. Mais cedo, o Centro Integrado de Coordenação de Serviços de Porto Alegre (CEIC) emitiu alerta de inundação aos moradores do Centro Histórico e 4º Distrito.

Sexta-feira será de mais chuvas

A chuva forte persistirá no Rio Grande do Sul ao longo desta sexta-feira, conforme a MetSul. O cenário deve se concentrar em pontos do Norte e do Nordeste do estado, especialmente no Alto Uruguai, parte do Planalto Médio, nos Campos de Cima da Serra e em trechos da Serra.

A projeção preocupa a região porque rios como Caí, Taquari e Jacuí nascem ou no Planalto ou nos Campos de Cima. A elevação do nível destes locais acarreta problemas para as demais localidades do Estado.

RS contabiliza 29 mortes

O governador Eduardo Leite atualizou para 29 o número de mortes em decorrência das chuvas no Estado. Além disso, 60 pessoas seguem desaparecidas. Conforme Leite, o número oficial, “infelizmente”, irá aumentar nas próximas atualizações.

"Pelas condições climáticas, não estamos conseguindo fazer buscas em regiões que sabemos que aconteceram desabamentos”.


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