Incêndio em pousada é o segundo mais mortal da história de Porto Alegre; relembre outras tragédias

Incêndio em pousada é o segundo mais mortal da história de Porto Alegre; relembre outras tragédias

Dez pessoas morreram após chamas consumirem prédio no Centro da Capital; em 1976, fogo nas lojas Renner fez 41 vítimas fatais

Jonathas Costa

Prédio da pousada fica na avenida Farrapos

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O incêndio que matou dez pessoas na madrugada desta sexta-feira, dia 26 de abril, na região Central de Porto Alegre se tornou o segundo com maior número de vítimas da história da cidade e é superado apenas pelo fatídico incêndio das lojas Renner, ocorrido em 27 de abril de 1976, que vitimou 41 pessoas.

As causas do fogo que consumiu por completo o prédio da pousada nesta madrugada ainda estão sendo apuradas, mas há a suspeita de que possa ter sido criminoso. Além das dez mortes, 13 pessoas se feriram.

Relembre, a seguir, outros três grandes incêndios em número de vítimas da história de Porto Alegre:

Horror no coração da Capital

Há 48 anos, o incêndio de grandes proporções no centro pujante de Porto Alegre, nas esquinas das ruas Otávio Rocha e Doutor Flores, matou 41 pessoas e feriu outras 60, muitas delas que se jogaram do prédio para escapar das chamas.

O fogo que consumiu o prédio das Lojas Renner começou por volta das 13h30 no segundo andar, no setor de tintas. Os funcionários da empresa iniciaram o combate ao fogo, mas as chamas se alastraram e isolaram parte das pessoas nos andares superiores. Centenas de clientes estavam no prédio e o resgate foi dificultado pelo tamanho da escada Magirus dos Bombeiros, que não alcançava o topo do edifício. Apesar de haver helicóptero sobrevoando a área, também não foi possível se aproximar ou pousar. O fluxo de pessoas na área também atrapalhou o trabalho dos socorristas, assim como a falta de água para combater o incêndio.

Explosão deixou nove mortos em 1971

Em maio de 1971, a explosão de um depósito que armazenava grande quantidade de fogos de artifício, seguida de uma ‘nuvem cogumelo’ e uma forte onda de ar, espalhou destruição por vários quilômetros da zona norte de Porto Alegre. Oito pessoas morreram no incêndio da Fulgor, mas a brutalidade da explosão arrasou 56 edificações e oito carros. Uma 9ª vítima jamais foi encontrada.

O rastro de destruição se estendeu por muitos quarteirões. Dezenas de edificações a quilômetros de distância do local da explosão foram danificadas e os feridos chegaram a 59.

O Correio do Povo relembrou essa tragédia em um especial publicado em 2020. Leia aqui.

Festa de fim de ano termina em tragédia

Em dezembro de 1973, para celebrar as vendas de fim de ano, um grupo de funcionários das lojas Americanas realizaram uma confraternização no interior da unidade da rua dos Andradas. Foram surpreendidos por um incêndio que rapidamente tomou por completo a loja. Cinco pessoas não conseguiram deixar o local e morreram. Todas eram mulheres jovens, funcionárias do setor de recursos humanos da empresa, que ficaram presas no banheiro da loja. O combate ao incêndio também mobilizou muitos populares, que auxiliaram os bombeiros.

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