Por bloqueios e desvios no trânsito até a capital, mercados do Vale do Sinos apresentam falta de alimentos

Por bloqueios e desvios no trânsito até a capital, mercados do Vale do Sinos apresentam falta de alimentos

Há desabastecimento de papel higiênico, água, arroz, sal, açúcar, massa, hortifruti e muitos outros mantimentos

Correio do Povo

No setor de hortifruti, gôndolas estão vazias em um supermercado de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos

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Os pontos de bloqueio e desvios para o Vale do Sinos já começam a refletir no desabastecimento de alimentos em supermercados. Em Novo Hamburgo, cujas únicas vias de acesso a Porto Alegre são pelas rodovias ERS 020 por Taquara ou BR 290 por Santo Antônio da Patrulha, as prateleiras de um supermercado de uma rede da capital começam a ficar vazias. Além disso, há muitos avisos que indicam a quantidade limite de compra por cliente.

No setor de hortifruti, restavam apenas caixas com banana e mamão para os clientes. Também há falta de papel higiênico. Na mesma cidade, alguns supermercados Rissul já estão sem água mineral e em Campo Bom já não há mais água mineral em nenhuma unidade da rede.

Já nos supermercados Macromix, da mesma rede administradora, além de água mineral, faltam produtos como arroz, feijão, sal, açúcar, óleo de soja, massa e farinha na região. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS) recomenda que os moradores não façam estoque, para que não falte mantimentos a quem necessita.

Ainda segundo a associação, o desabastecimento de alguns itens se dá exclusivamente por conta dos bloqueios nas rodovias e deve ser resolvido assim que as obras de reparo forem concluídas. Os supermercados também estão negociando rotas alternativas com seus fornecedores.

“A questão é a dificuldade de chegar aos pontos. Algumas redes que possuem estoque na central, estão com a reposição afetada. No momento, o importante é o racionamento, é uma consciência de uma redução de consumo. A indústria tem produto, mas ela está concentrada nessa dificuldade de entrega de produto, de chegar ao ponto de venda”, afirmou o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.


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