Prefeitura nega realocações na mesma rede, mas sobreviventes seguem se hospedando com a Garoa

Prefeitura nega realocações na mesma rede, mas sobreviventes seguem se hospedando com a Garoa

Melo garantiu que pessoas não vão voltar para unidades da Pousada Garoa. À tarde, reportagem flagrou pessoas que relataram terem sido orientadas a buscar outra unidade

Correio do Povo

Outras pousadas da Garoa para onde sobreviventes estariam indo também estão com situação precária

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Ao longo da tarde, o Correio do Povo flagrou pessoas que estavam na unidade da Pousada Garoa da avenida Farrapos, que pegou fogo na madrugada desta sexta-feira e deixou 10 mortos, sendo encaminhados para acomodação em outros alojamentos da mesma rede. Uma equipe do jornal visitou três unidades semelhantes à que foi destruída no incêndio.

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Em uma delas, durante a visita, três homens chegaram ao local, alegando serem vítimas sobreviventes da tragédia na avenida farrapas. Em conversas rápidas com o trio, os homens revelaram que os moradores que não ficaram feridos eram orientados a buscar abrigo nesta unidade, localizada na avenida Benjamin Constant, no bairro São João.

Também à tarde, durante audiência com familiares de vítimas, movimentos sociais e parlamentares na Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, novamente o relato de que pessoas eram encaminhadas para outras unidades da mesma rede veio à tona. A deputada estadual e presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, sua equipe recebeu denúncias de que muitas pessoas estão sendo encaminhadas para outras pousadas da Garoa onde a situação também seria precária.

Entretanto, não há confirmação de que esta orientação tenha partido pela Prefeitura de Porto Alegre ou pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Por outro lado, o prefeito Sebastião Melo garantiu que as vítimas não voltarão para quartos nas unidades da Garoa. “A rede tem 1.400 vagas de acolhimento e 320 são da Garoa. As pessoas não serão transferidas para a Garoa, mas para outros equipamentos que são da prefeitura e que acolhem os atendidos pela Fasc. Até que seja investigado e concluída a força-tarefa, as pessoas não vão voltar para nenhuma das unidades da rede da Garoa”, afirmou o prefeito.


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