Resgate e remoção de famílias seguem de forma ininterrupta na região Metropolitana

Resgate e remoção de famílias seguem de forma ininterrupta na região Metropolitana

Número de famílias que deixam as residências em busca de segurança e locais secos não para de crescer; em algumas áreas há dificuldade de efetuar resgates

Fernanda Bassôa

Cheias dos rios Caí e dos Sinos já deixam cerca de 100 pessoas desabrigadas em Nova Santa Rita

publicidade

Em cidades da Região Metropolitana, muitas famílias também procuraram abrigos em locais disponibilizados pelas prefeituras em razão da cheia do Sinos. Em Sapucaia do Sul, o nível do Rio dos Sinos está na marca dos 5,72m, em gradual elevação. Nas últimas 24 horas o acumulado foi de 106mm. O arroio José Joaquim registra transbordo da calha. No momento 15 pessoas acolhidas em abrigos da prefeitura e outras 35 alojadas na casa de parentes. A Administração disponibilizou dois locais de acolhimento para os desabrigados nos bairros Carioca e Fortuna. As aulas foram suspensas na rede municipal nesta quinta-feira.

Em Esteio o número de desabrigados subiu para 331, espalhados pelos quatro pontos abertos pela prefeitura. No trecho da cidade, a régua Lansul marcava 3,40m para o nível do Sinos e o acumulado de chuva é de 360mm. As equipes da Defesa Civil seguem em alerta e dando suporte para as famílias que precisam sair das residências. O prefeito Leonardo Pascoal emitiu alerta para osque os moradores da Vila Osório e Novo Esteio deixem as residências e procurem abrigos seguros e secos. A Escola Luiza Fraga é mais um ponto de abrigo temporário para abrigar os moradores.

As cheias dos rios Caí e dos Sinos já deixam famílias desabrigadas em Nova Santa Rita, com ao menos 100 pessoas acolhidas em dois pontos de abrigamento montados pela prefeitura. Os bairros mais atingidos são Porto da Figueira e Morretes. O prefeito Rodrigo Battistella comunicou o cancelamento das aulas nesta quinta-feira. “Nas últimas horas tivemos uma mudança de cenário aqui em nossa cidade, as águas do Rio Cai cresceram de forma avassaladora, vamos ter uma cheia maior que a do ano passado”, disse o prefeito, orientando as pessoas que saiam das casas que se encontram próximas dos rios.

Em Rolante a cidade também encontra-se embaixo da água, com dificuldade de locomoção e resgates. Cerca de 100 pessoas estão alojadas em abrigos montados pela prefeitura nas escolas estudais Souza Cruz e Frei Miguelinho. No local, os rios Rolante e Areia extravasaram e causaram inundação de praticamente todo o município. O prefeito Pedro Rippel fez contato com o Governo estadual pedindo auxílio de aeronaves para ajudar nos resgates das famílias ilhadas.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895