Terreno no Vale do Taquari receberá resíduos não perigosos das enchentes
A solução poderá servir de modelo para outras regiões do Rio Grande do Sul; espaço está localizado no limite entre Lajeado e Cruzeiro do Sul
publicidade
Um terreno, antigo saibreiro no limite entre os municípios de Lajeado e Cruzeiro do Sul, será o destino para resíduos não inertes, ou seja, não perigosos, das enchentes na região. O acordo para que a área pudesse receber estes rejeitos foi firmado em reunião, nesta quinta-feira, entre prefeitos dos municípios e representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Sema), da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), da Casa Civil e do Ministério Público do RS (MPRS).
Veja Também
- Como seria a inundação da Região Metropolitana de Porto Alegre em outros pontos do mundo
- Cerca de 325 mil clientes estão sem luz no RS em função das enchentes
- Recuperação das rodovias gaúchas irão custar R$ 230 milhões
Além de Lajeado e Cruzeiro do Sul, o espaço poderá receber resíduos oriundos de outros dois municípios: Marques de Souza e Santa Clara do Sul. Resíduos sólidos urbanos, como os originários de atividades domésticas e de limpeza urbana, não estão incluídos na destinação ao terreno. Além de resíduos industriais e hospitalares, que seguirão para aterros licenciados.
A secretária da pasta do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado, Marjorie Kauffmann, explica que "esse rejeito é exclusivamente rejeito da enchente, então não é resíduo sólido urbano, mas madeira, concreto, entre outros”. “Nesse local, será feita uma segregação e, após essa segregação, então poderão ter outros usos para essa matéria-prima”, complementa.
O acordo estabelece que a gestão do espaço seja conduzida pela prefeitura de Lajeado, que deverá garantir o controle e segregação do resíduo enviado ao terreno, bem como o melhor aproveitamento do espaço.
Ainda, prevê que o Estado, por meio da Sema, contribua com o fornecimento de máquinas para a operação no local. O transporte dos resíduos dos municípios vizinhos até o local de disposição serão objeto de negociação entre o governo estadual e as prefeituras. Após a destinação de todo o resíduo não inerte da enchente, a atividade será encerrada.
