Em reunião do FMI, Haddad afirma que governo precisa explicar melhor rumo das contas públicas

Em reunião do FMI, Haddad afirma que governo precisa explicar melhor rumo das contas públicas

Ministro da Fazenda está em Washington para participar das reuniões de Primavera do FMI e do Banco Mundial

Estadão Conteúdo

Ministro da Fazenda afirmou que o cenário externo explica dois terços do que está acontecendo no Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa dar melhores explicações quanto ao rumo das contas públicas no Brasil.

De acordo com ele, o País está gastando mais do que arrecada há 10 anos e isso não está promovendo crescimento econômico.

'Eu acredito que nós precisamos explicar melhor, ao longo do tempo, o que vai acontecer com as contas públicas brasileiras', disse Haddad a jornalistas, em Washington, DC, nos Estados Unidos.

'Nós queríamos antecipar o quanto antes o equilíbrio fiscal, mas nós estamos numa democracia e nós estamos negociando as medidas com o Congresso', emendou o ministro.

Ele previu que a despesa vai cair para baixo de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) e a receita vai superar os 18% neste ano. Haddad afirmou ainda que esses porcentuais podem sofrer alguma alteração a depender do futuro das medidas que o governo enviou para o Congresso.

Haddad está em Washington para participar das reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Além disso, ele também lidera a segunda reunião de ministros das finanças do G20, do qual o Brasil detém a presidência neste ano.

Cenário externo

O ministro da Fazenda afirmou que o cenário externo explica dois terços do que está acontecendo no Brasil, ao ser questionado sobre a valorização do dólar frente ao real. Há, pouco, o dólar estava cotado a R$ 5,2665, em alta de 1,57%.

'Tem muita coisa que está fazendo com que o mundo esteja atento ao que está acontecendo nos Estados Unidos e o dólar está se valorizando frente às demais moedas', disse.

Segundo Haddad, pesam a atividade econômica nos Estados Unidos, a inflação americana de março que, na sua visão, ainda não foi devidamente digerida, o conflito no Oriente Médio, que escalou e 'ninguém sabe como isso vai se desdobrar', e o preço do petróleo.

'Eu diria que isso não explica tudo o que está acontecendo no Brasil, mas explica dois terços do que está acontecendo no Brasil', avaliou o ministro.

Ele enfatizou que está havendo uma reprecificação de ativos no mundo inteiro. Haddad ponderou que hoje o México está sofrendo mais do que o Brasil. 'O peso mexicano está sofrendo mais do que o real brasileiro, em virtude do fato de que está reprecificando tudo. Indonésia também', concluiu.


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