Gaúchas se mantêm conservadoras em seus investimentos

Gaúchas se mantêm conservadoras em seus investimentos

Em movimento contrário do cenário nacional, mulheres do RS reduzem os investimentos em Renda Fixa e Fundos, migrando para aplicações em Previdência e COEs

Correio do Povo

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Mesmo diante do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic), iniciado em agosto de 2023, as mulheres permanecem fiéis a investimentos conservadores. É o que mostra levantamento realizado pelo Santander Brasil entre 2022 e 2023 com clientes da instituição. No estudo, o patamar aplicado em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto e até na poupança permaneceu o mesmo de um ano atrás: 53%.

No Rio Grande do Sul, segundo levantamento do Santander, as mulheres fizeram um movimento tímido, mas contrário ao cenário nacional. Os investimentos em Renda Fixa caíram de 57% para 56%. Os fundos de investimentos também perderam espaço na carteira feminina no estado de um ano para outro, caindo de 13% para 11% do total dos investimentos entre 2022 e 2023. Os números indicam uma migração para aplicações em Previdência, em um ponto percentual, e em Certificados de Operações Estruturadas (COEs), em dois; mantendo ainda assim uma postura conservadora.

No cenário nacional, surpreendentemente, o comportamento adotado pelos homens – que geralmente se arriscam mais – também foi na direção do conservadorismo: eles elevaram a parcela em renda fixa no mesmo período de comparação, de 50% em 2022 para 52% em 2023. “Os dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações e, mesmo em anos desafiadores como o ano passado e o anterior, elas mostraram persistência”, diz Luciane Effting, executiva responsável pelo Santander AAA.

Esse comportamento foi mostrado também na 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostrando as mulheres pensam na segurança financeira ao investir, quesito que lidera as motivações delas desde a primeira edição da pesquisa, em 2018.

Previdência
Quando o tema é previdência, observando as movimentações em todo Brasil, a constância também é um aspecto percebido entre as investidoras, com uma pequena elevação de 27,7% do total da carteira em 2022 para 28,4% em 2023. Os homens também não registraram grandes movimentos de um ano para outro, mas com uma parcela um pouco menor da carteira: 24%. “Quase 30% da carteira de previdência confirma que elas são mais disciplinadas e preocupadas com o seu futuro”, afirma Luciane.


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