Setor supermercadista tem 357,3 mil vagas de emprego abertas
Região Sul é a segunda em concentração de postos, com 66.553 oportunidades
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Segundo cálculos feitos pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), existem no Brasil hoje 357,3 mil vagas de emprego abertas no setor. As oportunidades são para funções como operador de caixa, repositor, estoquista, balconista, auxiliar, açougueiro, padeiro, dentre outras e incluem oportunidade de trabalho para pessoas com deficiência.
Segundo dados do Ranking Abras 2024, no ano passado, o setor empregou 9 milhões de pessoas, nas mais de 414 mil lojas no país. Desse total, as mulheres representaram 4,6 milhões (51,3%) e os homens 4,4 milhões (48,7%).
A maior parte das vagas abertas estão concentradas na região Sudeste, onde há 207. 861 vagas. Seguida da região Sul, com 66.553 vagas, Nordeste, com 51.867 vagas e Centro-Oeste e Norte com 18.335 e 12.684, respectivamente. As vagas são para lojas em todos os seus formatos e canais de distribuição: atacarejo, supermercado convencional, hipermercado, loja de vizinhança, loja de conveniência, loja de container/condomínio, e-commerce e minimercados, mercearias, armazéns e hortifruti.
O setor supermercadista é a maior porta de entrada do primeiro emprego no país e acolhe pessoas ainda sem experiência para trabalhar em áreas como frente de caixa e reposição de produtos, que são capacitadas pelos empregadores ao longo do exercício da função. Além disso, a ABRAS oferece uma série de cursos de capacitação e de desenvolvimento de competências e habilidades da mão de obra supermercadista, disponíveis na Escola Nacional de Supermercados.
Micro e pequenos negócios
Uma parceria recente entre a ABRAS e o Sebrae Nacional vai fomentar micro e pequenas empresas do setor varejista de alimentos com capacitação e educação para estimular o crescimento econômico regional e criar oportunidades para colaboradores e empreendedores.
O setor supermercadista representa 9,2% do PIB nacional e alcançou um trilhão de reais em faturamento em 2023, segundo o Ranking Abras 2024. Para o presidente da entidade, João Galassi, políticas públicas de estímulo à contratação poderiam ajudar o setor a preencher essas vagas abertas, inclusive beneficiando a contratação de profissionais com 60 anos ou mais.
Outra frente defendida pela entidade é a não suspensão do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para pessoas empregadas no setor. “Muitas vezes o trabalhador deixa de aceitar uma oportunidade de trabalho para não perder o benefício. Então, repensar essa questão pode ajudar no preenchimento dessas vagas do nosso setor”, explica Galassi.
