Desafios, projetos e ações para os povos originários

O tradicional Dia do Índio, celebrado em 19 de abril, desde 2022 tem a denominação oficial de Dia dos Povos Indígenas. É o que define a Lei 14.402/22, que busca atualizar a visão sobre os povos originários no Brasil. No entanto, ainda são muitos os desafios dessa população, que, conforme dados do Censo 2022, somam 1,7 milhão de pessoas, representando 0,83% do total de habitantes; e com 51,2% dos indígenas concentrados na Amazônia Legal.

No ensino, diversas escolas indígenas carecem de recursos. Uma delas está localizada em Passo Fundo, em unidade que atende crianças caingangues da Aldeia Goj-Júr. A Escola Estadual de Ensino Fundamental Adalírio Lima Siqueira sofre, há meses, com problemas estruturais. Há carência de recursos básicos, como lâmpadas e Internet Wi-Fi. E, com a chegada do frio no Estado, os alunos ainda precisam estudar em local sem qualquer conforto térmico, pois as brechas na estrutura escolar de madeira permitem a entrada de vento e chuva.

Na instituição, há também falta de pessoal e informalidade da equipe, com o diretor Israel Kujawa aguardando ser efetivado no cargo; e sem que a Secretaria Estadual da Educação tenha nomeado um orientador educacional para a escola, apesar de a comunidade já ter indicado um profissional capacitado. O diretor acrescenta que enviou um ofício à 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), enfatizando a urgência da resolução desses problemas.

Acesso à internet

Nesta semana (em 17/4), o governo do Estado anunciou que disponibilizará sinal de Wi-Fi para todas as 102 escolas indígenas do RS. Com o processo licitatório em fase final, prevê implementar nas redes em junho, e concluir até o final do ano. O projeto é para Internet em raio de até 200m da escola, em regiões com dificuldades de acesso e qualidade para conexão. E também será executado em instituições de ensino de zonas rurais