Morador de Canoas é preso com maconha colombiana e mais de 130 quilos de drogas

Morador de Canoas é preso com maconha colombiana e mais de 130 quilos de drogas

Depósito com grande quantidade foi localizado no bairro Mathias Velho durante a “Operação Medellin”, contra um grupo que vendia drogas com alto grau de pureza

Guilherme Sperafico

Grande quantidade e variedade de materiais e entorpecentes foram encontrados

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Um depósito com uma grande quantidade e variedade de drogas foi descoberto pela Polícia Civil no bairro Mathias Velho, em Canoas, nesta quarta-feira, durante a “Operação Medellin”. A ação policial foi deflagrada pela 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DIN/Denarc).

As investigações, conduzidas pelo delegado Gabriel Borges, iniciaram há três meses, a partir do monitoramento das atividades do narcotráfico realizadas em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Durante este período, os investigadores conseguiram constatar a existência de uma atividade de tele-entrega de drogas estabelecida em Canoas, mas que distribuía entorpecentes para toda a região a região.

Essa atividade, conforme a Polícia Civil, era coordenada por um traficante que se encontra preso e é considerada uma das maiores tele-entregas de drogas de alto padrão do Rio Grande do Sul. A partir do monitoramento dos entregadores, foi possível identificar o suposto depósito dos entorpecentes, localizado em um imóvel no bairro Mathias Velho.

Na tarde de quarta-feira, os policiais verificaram um homem saindo do imóvel com um veículo e efetuaram a abordagem. No interior do veículo foram localizados 10 quilos de maconha.

Na continuidade da diligência, os policiais ingressaram no imóvel e descobriram o depósito. Foram localizados mais de 120 quilos de maconha, mais de 2 quilos de maconha “skunk” ou camarão – com alto grau de THC – e 1,5 quilo de cocaína.

Além disso, foram apreendidos diversos materiais em um verdadeiro estabelecimento utilizado para produção, armazenamento e acondicionamento de drogas. Entre os itens apreendidos estão serra elétrica para cortar droga, seladora para embalagem a vácuo, balanças, embalagens, fitas, recipientes, potes herméticos e cadernos de anotação do tráfico de drogas. Os traficantes também tinham adesivos personalizado com sua “marca” para indicar aos compradores a qualidade dos produtos vendidos. Brindes também eram distribuídos aos compradores, como sedas saborizadas.

No local havia, inclusive, vários pacotes prontos para a entrega com dados dos usuários que receberiam as drogas, pois, segundo a polícia, o grupo se notabilizou na Região Metropolitana pelo fornecimento de entorpecentes com alto grau de pureza.

O que mais chamou a atenção da equipe policial foi a apreensão de uma flor de maconha importada da Colômbia, assim como brownies recheados com manteiga de maconha. Tudo isso também era fornecido aos compradores.

Por fim, conforme o delegado Borges, também chamou a atenção o fato de que vários pacotes de drogas estavam prontos e embalados para serem entregues via Sedex, indicando que o grupo também atua com fornecimento de entorpecentes em larga escala para outros locais, o que reforça o caráter de crime organizado.

Outro veículo que era utilizado na entrega de drogas e estava no imóvel também foi apreendido. O prejuízo total ao crime organizado com a desarticulação do esquema, apreensão das drogas, dos bens e veículos é estimado em R$ 500 mil. O preso, um homem de 33 anos, tem diversos antecedentes criminais e foi conduzido ao sistema prisional.

De acordo com o delegado, o resultado obtido ressalta a importância da ação, fruto de uma investigação qualificada, “Foi desartiulada uma mas maiores tele-entrega de drogas da Região Metropolitana de Porto Alegre, destacando ainda o nível de organização do grupo que inova na produção de drogas e importa entorpecentes específicos para venda aos seus clientes”, ressalta Borges.
A ação integra o contexto da Operação Narke, coordenada pelo Ministério da Justiça e realizada em todo o país buscando coibir o tráfico ilícito de entorpecentes. A investigação prossegue para identificar e responsabilizar criminalmente os demais membros da organização criminosa.

Brownie de Maconha foi um dos entorpecentes apreendidos pela Polícia Civil | Foto: Divulgação/Polícia Civil/CP

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