Cachoeirinha registra mais de 800 casos notificados de dengue em 2024
De acordo com as autoridades do munícipio, Secretaria de Saúde do Estado já estaria sabendo dos aumentos desde dezembro
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Em estado de emergência em função da dengue, Cachoeirinha registrou até esta terça-feira, 889 casos notificados da doença, sendo que 276 foram confirmados até o momento, 69 foram descartados e 544 estão em investigação. Dos 276 casos confirmados, 190 são considerados casos autóctones, ou seja, foram contraídos no município de Cachoeirinha.
De acordo com a secretária de Saúde, Bianca Breier, o decreto de situação de emergência não foi somente em função do número de casos registrados. “Se compararmos com os municípios da volta, não são tão altos. Mas, o nosso receio é de que nós tivemos, em março, um aumento absurdo de casos. Fechamos fevereiro com 22 casos positivos e, de uma hora para outra, em março, vimos os atendimentos nas unidades de saúde e na Upa aumentarem muito rápido e o nosso receio realmente é a nossa rede não dar conta. Preferimos decretar a situação de emergência em saúde para podermos aumentar equipes, comprar insumos em caso de necessidade. Esse aumento de demanda é totalmente fora de planejamento”, explica.
Segundo ela, o aumento de casos já vinha sendo alertado pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul desde dezembro do ano passado. A expectativa é de que abril seja o pior mês em quantidade de casos e que os números passem a baixar a partir de maio. De acordo com o enfermeiro da Secretaria Municipal da Saúde, Miguel Plentz, o verão de altas temperaturas e chuvoso, além do inverno de 2023, com pouco frio, são alguns dos motivos para o aumento da dengue. “Apesar de o mosquito já ter aprendido a viver no frio, o inverno rigoroso faz com que diminua um pouco a sua proliferação. Em 2023, nós tivemos casos de dengue no inverno, algo que não era comum. O ano passado já foi um ano atípico, mas agora em 2024, pela projeção, as expectativas são piores”, diz.
Ações de combate ao mosquito foram reforçadas em todo o município, mas é necessário que a população faça a sua parte. “Cada um tem que cuidar do seu pátio, do seu lixo, não deixar água parada. Só assim iremos combater a doença”, alerta a secretária.
