Casos de dengue em Uruguaiana superaram em 105% todo o ano de 2023

Casos de dengue em Uruguaiana superaram em 105% todo o ano de 2023

Sem explicação científica as mulheres são as maiores vítimas dos mosquitos Aedes aegypti

Fred Marcovici

Em Uruguaiana os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) pulverizam boa parte da cidade

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Em Uruguaiana, nas últimas 24 horas, foram registrados mais oito novos casos de dengue, todos autóctones (contraídos na cidade). Foram infectadas pelo vírus seis do sexo feminino, sendo de 17, 24, 28, 42, 49 e 69 anos, respectivamente e outros dois masculinos de 18 e 28 anos de idade.

Até o momento, há 70 casos confirmados na cidade (61 autóctones e nove importados), outros 84 em investigação junto ao Lacen - Laboratório Central do RS e 174 descartados – do total de 328 notificações, desde o início do ano.

O índice supera todo o ano de 2023 em pouco mais de 100%, quando foram apontados 34 casos positivos. Não há internados pela enfermidade, no momento.

O maior volume está concentrado na faixa etária entre os 30 e 49 anos de idade, principalmente, entre as mulheres, sem explicação científica.

“Lamentavelmente, estamos acompanhando um aumento contínuo no número de incidências da doença o que preocupa e mobiliza as autoridades sanitárias”, relata a secretária de Saúde, Suziele Pivetta.

O município encontra-se sob decreto de situação de emergência em saúde pública e toma todas as medidas preventivas possíveis para conter o alastramento do mosquito e seus focos, reitera Suziele.

Estamos computando 70 casos de dengue em Uruguaiana, ainda em março, um sério sinal de alerta, levando-se em consideração que não chegamos ao pico epidemiológico que usualmente acontece nos próximos meses”, analisa Suziele.

Os bairros Ipiranga, Santo Inácio, Rui Ramos, Nova Esperança apresentando grande concentração e Centro permanecem registrando os maiores percentuais.

Todas as áreas em que há positivações, os 55 Agentes de Combate a Endemias (ACEs), de imediato, pulverizam ao menos 150 metros do entorno onde houve a confirmação do caso e 15 dias depois uma segunda etapa da fumigação acontece no mesmo perímetro.

Além dos bairros de maior número de notificações e identificação da infecção, também acontecem visitações e limpeza das zonas com registros de criadouros do transmissor.


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