Cerca de 3,4 mil profissionais de hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre foram afetados pela enchente

Cerca de 3,4 mil profissionais de hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre foram afetados pela enchente

Hospitais da capital têm oferecido transporte para que profissionais possam trabalhar e criaram campanhas para ajudar aqueles que tiveram casas atingidas

Correio do Povo

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A enchente que assola o Rio Grande do Sul faz com que a rede de saúde de Porto Alegre, entre hospitais e unidades de saúde, tenha um déficit de ao menos 3,4 mil profissionais. Entre as situações registradas pelas entidades estão desde colaboradores com a casa atingida pela água, até mesmo profissionais com dificuldade de deslocamento até o local de trabalho. Por isso, os hospitais da capital têm oferecido transporte para que os empregados possam trabalhar e criaram campanhas para ajudar aqueles que tiveram suas residências atingidas.

Apenas no complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre são mais de 1,2 mil colaboradores que estão impossibilitados de trabalharem. Para suprir as necessidades de atendimentos, a instituição tem recebido a ajuda de voluntários. Segundo a Santa Casa, o atual quadro funcional conta com cerca de 10 mil profissionais e o déficit atinge todas as áreas do complexo, em especial as de apoio, como copa, lavanderia e cozinha.

Dos 1,2 mil afetados, são pelo menos 500 colaboradores que tiveram casas atingidas pelas enchentes, com danos totais ou parciais. Por conta disso, a Associação dos Funcionários da Santa Casa (AFUSC) criou uma campanha por meio da chave Pix solidariedade@santacasa.org.br para ajudar estas famílias a se reestruturarem. A Santa Casa também organizou um espaço para acolher cerca de 100 profissionais que não conseguiram retornar para casa, além de um sistema de transporte para buscar e levar os colaboradores em regiões onde o transporte coletivo não está em funcionamento.

Sistema parecido também é realizado no hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde cerca 700 dos seus mais de 6 mil funcionários foram afetados pela enchente. O serviço de transporte foi implementado na última semana, partindo em diferentes horários das cidades de Gravataí, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Esteio, Canoas e São Leopoldo. Conforme o hospital, dos mais de 6 mil colaboradores, cerca de 4 mil atuam em atividades essenciais que precisam ocorrer de forma presencial, com índice de faltas em 25% por conta dos transtornos causados pela enchente.

Já no Hospital Moinhos de Vento, cerca de 800 colaboradores foram afetados pelas enchentes, conforme um levantamento do setor de Gestão de Pessoas. Destes, 350 tiveram perdas totais ou parciais em suas casas. Ao menos 100 profissionais estiveram em alojamentos montados pelo hospital. A instituição também está garantindo transporte em pontos estratégicos para facilitar o deslocamento de cerca de 500 colaboradores que residem nas cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Gravataí, Sapucaia do Sul e Viamão.

Também foram tomadas medidas de amparo financeiro aos colaboradores atingidos, como a disponibilização da chave Pix moinhos.social.colaboradores@hvm.org.br. Além disso, o hospital também realizou a antecipação da primeira parcela do 13º salário para os funcionários.

O hospital São Lucas da PUCRS tem, até o momento, cerca de 200 colaboradores que foram atingidos pelas enchentes. Entretanto, não há o registro de quantos estão trabalhando ou afastados. Apesar disso, o hospital ressalta que não há falta de profissionais no atendimento dos serviços essenciais, mas que a situação é monitorada diariamente caso seja necessária alguma medida de suspensão de atividades.

Além disso, conforme a prefeitura de Porto Alegre, cerca de 500 profissionais que atuam nas unidades de saúde do município ou nos hospitais de Pronto Socorro e Materno Infantil Presidente Vargas foram afetados pelas enchentes na capital e na região metropolitana.


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