Simers acompanha com apreensão a crise no IPE Saúde

Simers acompanha com apreensão a crise no IPE Saúde

Sindicato pede retomada do diálogo com governo do RS para assegurar os atendimentos eletivos dos assegurados do IPE Saúde em 18 hospitais

Correio do Povo

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O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) acompanha com apreensão a possibilidade de 18 hospitais deixarem de realizar atendimentos eletivos a segurados do IPE Saúde, agravando a crise da instituição.

“A situação vem se agravando com o decorrer dos anos e atingiu o seu clímax com as novas tabelas. Se a situação é ruim para os hospitais, é pior para os médicos, que vêm acumulando perdas nos últimos anos. Em 2023 tivemos um movimento inéditos da categoria que deixou de atender e muitos colegas se descredenciaram em função dos valores de consultas e procedimentos. O Governo do Estado amenizou a situação, mas não atendeu o que buscávamos. Agora, poderemos ter a desassistência aos segurados, provocado pelos hospitais. Temos de buscar uma solução definitiva para o problema, até para evitar a falência completa do IPE Saúde”, afirma o presidente do Simers, Marcos Rovinski.

Um grupo de 18 hospitais anunciou a suspensão de atendimentos eletivos a segurados do IPE Saúde, um plano mantido pelo Governo do Estado a servidores públicos e que atende cerca de 1 milhão de pessoas. A medida, de acordo com as instituições, passa a valer a partir de 6 de maio.

Em 1º de março de 2024, o Simers encaminhou ofício ao IPE Saúde pedindo a retomada oficial do diálogo com o governo gaúcho, uma vez que apenas alguns procedimentos foram reajustados. Desde dezembro de 2023, 95 procedimentos foram contemplados com a atualização de valores, bem como as consultas de pessoa física e jurídica, além das visitas hospitalares. Entretanto, a tabela do IPE Saúde conta com mais de mil procedimentos realizados pelos profissionais, em diferentes especialidades.

“Nós participamos de diversas reuniões para garantir que se chegasse ao fim de uma defasagem de mais de uma década na tabela que remunera os médicos. Seguimos trabalhando para que novos valores também passem a valer para outras especialidades, como é o caso da Patologia, que tem alguns procedimentos que não cobrem o custo, já tendo havido a suspensão no atendimento em várias cidades. Há a necessidade de uma discussão específica em relação ao caso da Patologia, que tem um desarranjo na tabela, pois há alguns códigos bem complexos o IPE está pagando menos que os códigos mais simples”, explica Rovinski. Ele acrescenta que há a necessidade do Simers, a Patologia e o IPE Saúde negociarem os valores da tabela, evitando a suspensão do atendimento no RS.

Os hospitais, que representam 60% dos atendimentos do plano de saúde, revelam que a medida deverá atingir mais de 25 mil pessoas que já tinham consultas, exames e procedimentos marcados. Nas emergências, só serão atendidos pacientes com risco de vida. As entidades afirmam que sofrem um prejuízo de R$ 154 milhões por ano com as atuais tabelas de remuneração do IPE.

Hospitais que anunciaram suspensão de atendimentos:

  • Porto Alegre
  • Hospital Divina Providência
  • Hospital Ernesto Dornelles
  • Hospital Mãe de Deus
  • Hospital São Lucas/PUCRS
  • Santa Casa
  • Bento Gonçalves
  • Hospital Tacchini
  • Cachoeira do Sul
  • Hospital de Caridade
  • Cruz Alta
  • Hospital Santa Lúcia
  • Erechim
  • Hospital de Caridade
  • Gravataí
  • Hospital Dom João Becker
  • Ijuí
  • Hospital de Clínicas
  • Lajeado
  • Hospital Bruno Born
  • Passo Fundo
    Hospital de Clínicas
    Hospital São Vicente de Paulo
  • Santa Maria
    Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo
  • Santa Rosa
    Hospital Vida e Saúde
  • São Borja
    Hospital Ivan Goulart
  • Sapiranga
  • Hospital Sapiranga

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