Endividamento e educação financeira

Endividamento e educação financeira

É muito importante que as pessoas arquem com os seus compromissos financeiros. Isso permite a previsibilidade dos agentes econômicos no sentido de se programarem para realizar novos investimentos.

Correio do Povo

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O governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), está anunciando a criação de um grupo de trabalho com a tarefa de estudar meios para combater o superendividamento das famílias brasileiras, que, de acordo com a Federação do Comércio de São Paulo, era de 64% antes da pandemia e, atualmente, é de 71%. Esse grupo será integrado pelo Secretário Nacional do Consumidor, pelo Diretor de Proteção e Defesa do Consumidor e um representante da Secretaria de Acesso à Justiça. Representantes do Ministério da Fazenda, da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), da Associação Brasileira dos Bancos, do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais e da Associação Brasileira dos Procons (Proconbrasil) também participarão das atividades. O relatório final será entregue ao Ministro da Justiça e Segurança Pública a fim de que sirva de subsídios para a implementação de políticas públicas.

Tanto para o comércio como para a indústria, é muito importante que as pessoas tenham condições de arcar com os compromissos financeiros assumidos. Isso permite a previsibilidade dos agentes econômicos no sentido de se programarem para realizar novos investimentos, sabendo que poderão contar com os recebíveis e, assim, recuperar o capital despendido. Por outro lado, é igualmente fundamental que os consumidores consigam preservar seu bom nome na praça e, dessa forma, ter acesso aos bens e serviços que lhes são necessários no cotidiano. Nesse contexto, a educação para as finanças pessoais assume um valor relevante, o que envolve pesquisar preços, avaliar a conveniência de uma compra, conhecer o próprio poder aquisitivo e ser capaz de analisar taxas de juros praticadas no mercado, entre outras atitudes.

A inadimplência no país tem repercussão direta na geração de empregos e de renda. Por tabela, com o próprio crescimento econômico. Urge que os encaminhamentos corretos visando a corrigir eventuais disparidades sejam adotados, para o bem de todos.


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