Referência no cooperativismo

Referência no cooperativismo

O cooperativismo brasileiro foi destaque em encontro mundial do sistema ocorrido na Costa Rica, confirmando sua força e evidenciando exemplos de bom desempenho a serem seguidos em nível internacional.

Correio do Povo

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Os números sobre o cooperativismo no RS e no Brasil indicam faturamento superior a R$ 70 bilhões no Estado e, no país, em torno de R$ 2,4 trilhões. Esses indicadores robustos tornam o cooperativismo nacional uma referência no mundo, o que explica o destaque recebido por alguns representantes que participaram do primeiro Encontro de Líderes Rurais que ocorreu na semana passada na Costa Rica, promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). A delegação brasileira foi constituída por três mulheres que representam suas comunidades. Uma delas é Katia Silene Tonkyre, a primeira cacique mulher da comunidade que lidera, a aldeia Akratikatejé, do povo Gavião da Montanha, no Pará; outra é a atual secretária de Agricultura Familiar de Betânia, no Piauí, Francisca Neri; e, por fim, integra o trio Simone Silotti, uma pequena produtora rural, de Quatinga, Mogi das Cruzes, São Paulo. Houve ainda o reforço de Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da FGV e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que participou do evento de forma remota.

As cooperativas representam a oportunidade para que os pequenos negócios, a exemplo da agricultura familiar, possam se associar e, assim, otimizar recursos e mão de obra. Elas estão presentes em praticamente todos os ramos da economia. São ilustrativos dessa participação qualificada segmentos como os de agropecuária, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho e produção de bens e de serviços, transporte e consumo. Com uma articulação marcada por valores como adesão livre e voluntária, gestão democrática, participação econômica, autonomia e independência, educação, formação e informação, intercooperação e interesse pela comunidade, os cooperativados buscam disputar mercados para amealhar renda para seus integrantes, colocando sempre como meta a competitividade e a qualificação dos seus serviços. Não obstante terem suas próprias demandas a equacionar, a experiência do sistema cooperativo brasileiro tem muito a contribuir para seus congêneres no mundo.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895